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Quaest: avaliação positiva do mercado sobre governo Lula cai para 6%

A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo do presidente Lula (PT) caiu três pontos percentuais entre novembro de 2023 e março de 2024, de 9% para 6%. Os dados são de pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20).

O que aconteceu

Avaliação negativa subiu em relação à pesquisa anterior. A avaliação negativa foi de 52% para 64%, enquanto a regular caiu de 39% para 30%.

Pesquisa foi realizada com 101 fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro. Os questionários foram aplicados de forma digital entre 14 e 19 de março. Foram entrevistados gestores, economistas, traders e "outros", segundo a Genial/Quaest.

Avaliação positiva de trabalho do ministro Haddad subiu. 50% dos entrevistados consideram positivo o desempenho de Haddad frente ao Ministério da Fazenda, um aumento de sete pontos em relação a novembro (43%). A avaliação negativa foi de 24% para 12%, e a regular subiu de 33% para 38%.

Política econômica, porém, "está indo na direção errada" para 71%. Houve uma oscilação de dois pontos percentuais em comparação à última pesquisa (73%). No levantamento mais recente, 29% dos entrevistados a consideram que a política da Fazenda vai na direção certa. Em novembro, eram 27%.

99% são céticos sobre a meta de zerar o déficit em 2024. Para 1%, o governo conseguirá zerar o déficit este ano.

Há mais expectativas de estabilidade para os próximos meses —sem melhora ou piora da economia. Para 47%, a economia vai "ficar do mesmo jeito". Houve um crescimento de 23 pontos percentuais nessa avaliação. Outros 32% acham que a economia vai piorar (em novembro, eram 55%), e 21% acreditam em uma melhora, assim como na pesquisa anterior.

Dividendos da Petrobras e intervencionismo

A grande maioria dos entrevistados (97%) considerou errada a decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários. Os demais 3% veem a decisão como correta.

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No entanto, 52% ainda acreditam que os dividendos serão distribuídos até o final do ano. Outros 29% acham que os recursos vão se transformar em investimentos, e 19% acreditam que a companhia vai mantê-los aplicados como reserva de capital.

50% acreditam que o maior risco para o governo Lula é o intervencionismo. Outros 23% consideram que é o estouro da meta fiscal, 19% veem a perda da popularidade de Lula como ruim, 3% apontam para o baixo crescimento, 2% se preocupam com o cenário externo e com confrontos entre governo e Congresso, e 1% teme um ciclo de volta da inflação.

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