Brasil arrecada R$ 1,3 tri no 1º semestre, recorde histórico para o período

A arrecadação federal de impostos e contribuições somou R$ 208.844 bilhões em junho e fechou o primeiro semestre de 2024 em R$ 1,298 trilhão. O valor é o maior de toda a série histórica, iniciada em 1995, para o período, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pela Receita Federal.

Quanto foi arrecadado

Governo federal embolsou R$ 1,298 trilhão no primeiro semestre. O total é o maior de toda a série histórica para o período. No ano passado, a arrecadação somou R$ 1,143 trilhão entre os meses de janeiro de junho. O resultado era o maior para o intervalo até então.

Somente em junho, a arrecadação totalizou R$ 208,8 bilhões. O resultado também é o melhor da história para o mês. No mesmo período de 2023, o governo embolsou R$ 180,5 bilhões em impostos e contribuições. Na análise de 2024, o resultado é inferior aos apurados em janeiro (R$ 280,6 bilhões) e abril (R$ 228,9 bilhões).

Arrecadação cresce acima da inflação nos dois cenários. De acordo com a Receita, o dado do semestre representa uma alta real (acima da inflação) de 9,08%. Já no mês, o total arrecadado é 11,02% superior ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Dados haviam sido antecipados por secretário do Fisco. Durante entrevista coletiva na última segunda-feira (22), Robinson Barreirinhas disse que a arrecadação no primeiro semestre superou as expectativas, com aumento nominal de 13,6% e alta real de 9,08%, na comparação com o mesmo período de 2023. A fala surgiu durante a apresentação do Relatório de Receitas e Despesas, que resultou no congelamento de R$ 15 bilhões das contas públicas.

A arrecadação vai bem, mas um pouco inferior ao necessário para cobrir as despesas por causa de algumas desonerações e de algumas frustrações. Neste [relatório] bimestral, pesa bastante a desoneração dos municípios, que ainda não estava no documento.
Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal

Receita explica aumento da arrecadação

As variações positivas são explicadas por três fatores. Segundo o Fisco, o resultado positivo ocorre devido ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre os combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior.

Os indicadores que medem o desempenho macroeconômico ajudam a explicar o resultado da arrecadação. A produção industrial teve um pequeno decréscimo em relação a junho do ano passado. Em relação aos demais indicadores, todos apresentam crescimento na ordem de impactar positivamente a arrecadação.
Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal

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Crescimento do volume arrecadado seria menor sem fatores atípicos. As estimativas do Fisco mostram que, sem pagamentos, haveria um crescimento real de 10,37% na arrecadação no primeiro semestre e de 10,72% no mês de junho.

Receita Previdenciária e PIS/Cofins guiam os ganhos do primeiro semestre. Os tributos resultaram em arrecadação de, respectivamente, R$ 316,9 bilhões e R$ 256.2 bilhões, com crescimentos reais equivalentes de 5,37% e 18,79%.

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