Inadimplência cai em São Paulo no 2º trimestre, mostra FecomercioSP

O percentual de número de famílias inadimplentes na cidade de São Paulo (SP) caiu de 22,1% para 21,8% no segundo trimestre, mostram dados divulgados pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). O resultado é atribuído ao cenário marcado pela desaceleração da inflação e a melhora do mercado de trabalho no período.

O que aconteceu

Volume de inadimplentes na capital paulista recuou a 21,8% no segundo trimestre. Segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), também uma queda no volume daquelas que dizem estar sem condições de pagar as dívidas, de de 9,6% para 9,4%.

Queda na comparação com o mesmo período do ano passado é de 1,2 ponto porcentual. Entre abril e junho de 2023, o volume de famílias inadimplente alcançava 23%. Do total, 72,9% se declarava endividado e 9,7 diziam não ter condições de arcar com as obrigações.

Inflação e desemprego menores ajudam a entender o cenário positivo. Segundo o levantamento, a queda da inadimplência é influenciada pelo cenário econômico marcado pelo aquecimento do mercado de trabalho, que aumenta a massa de renda familiar, assim como pela inflação em desaceleração e os juros mais baixos.

Feirões de renegociação também contribuíram, avalia FecomercioSP. Para a entidade, os mutirões organizados pelas instituições bancárias e os efeitos permanentes do programa Desenrola Brasil, do governo federal, também tiveram resultado positivo na queda da inadimplência.

Evolução é diferente entre as faixas de renda. Para as famílias que ganham até dez salários mínimos (R$ 14.120), houve redução de 0,9 ponto percentual na taxa de inadimplentes, de 26% para 25,1% entre os dois primeiros trimestres de 2024. Já nos lares com rendimentos mais elevados, a inadimplência subiu de 12,3% para 13,1%.

Tempo de comprometimento das famílias com as dívidas aumentou. Segundo a PEIC, as contas permaneciam por, pelo menos, 7,3 meses no segundo trimestre de 2024. No mesmo período deste ano, esse número foi de 7,7 meses. Para a FecomercioSP, o indicador mostra disponibilidade dos lares de gerar dívidas de longo prazo, beneficiando os setores de bens duráveis.

Famílias tinham 31% da renda comprometida no segundo trimestre. Conforme os dados, o porcentual é o mesmo verificado nos primeiros três meses deste ano.

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