Os 8 principais números para entender o prejuízo da Petrobras
A Petrobras divulgou prejuízo de R$ 2,6 bilhões, mas irá pagar R$ 13,6 em dividendos, segundo o balanço do segundo trimestre. Essa foi a primeira divulgação de resultados da gestão de Magda Chambriard.
A ação PETR3 abriu o dia em queda de 1,74%, a R$ 39,03, e a ação PETR4 estava em queda de 2,44%, a R$ 36,85.
Principais números
Prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Essa foi a perda registrada pela estatal no período, primeiro prejuízo desde o terceiro trimestre de 2020, que havia sido de R$ 1,5 bilhão. No mesmo período do ano passado, a petroleira havia registrado um lucro de R$ 28,7 bilhões.
"Apesar de chamar atenção nas manchetes, [o prejuízo contábil] não deve ser superestimado, uma vez que ocorreu devido à fatores não-recorrentes.", disse a Ativa Research.
Ebitda ajustado foi de R$ 49,7 bilhões. A queda foi de 12,3% em relação ao ano anterior. O mercado esperava Ebitda de R$ 63,26 bilhões.
Receita de vendas de R$ 122,2 bilhões. A alta foi de 7,4% frente ao segundo trimestre de 2023 e de 3,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Queda de 2,8% na produção total em relação ao trimestre anterior. Mas o preço do petróleo e a depreciação do real acabaram compensando essa queda, diz a Ativa.
Gasto extraordinário de R$ 11,9 bilhões. O prejuízo se deveu principalmente a eventos extraordinários, como o pagamento de R$ 11,9 bilhões relativos ao lançamento contábil de um acordo com o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para quitação de dívidas fiscais. Na prática, o desembolso do valor será parcelado.
A dívida líquida da Petrobras de US$ 46,1 bilhões. A dívida subiu no segundo trimestre do ano: valor é 9,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Geração de caixa de R$ 47,2 bilhões. Apesar do resultado negativo, a Petrobras destacou sua forte geração de caixa, diz Raony Rossetti, CEO da Melver.
Dividendos de R$ 13,57 bilhões. A petroleira divulgou que irá pagar dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). O provento equivale a uma remuneração de R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial.
Mercado de olho nos dividendos
Os dividendos ordinários estão dedo do esperado. O pagamento de dividendos está em linha com o consenso, diz o Itaú BBA, e a petroleira vai usar parte de sua reserva para fazer o pagamento.
Investidores esperavam que a reserva restante de R$ 22 bilhões fosse usada para pagamentos extraordinários. Mas, em conversa com o Itaú BBA, a empresa reafirmou que essa decisão, de usar parte da reserva, não deve ser interpretada como uma possibilidade de pagamentos extras.
O fato de usar a reserva para dividendos ordinários pode sugerir uma disponibilidade baixa de reservas para pagar dividendos extraordinários no futuro, o que não deve ser bem recebido pelo mercado. Mas acreditamos que essa decisão foi e provavelmente continuará a ser baseada na posição de caixa da companhia.
Goldman Sachs, em relatório
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Quero receberEntendemos que a utilização da reserva para este fim possa até amenizar um dos riscos de cauda da tese (utilização da reserva para fins alheios à remuneração do acionista).
Ativa Research, em relatório
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