'O governo vai cumprir o arcabouço fiscal', garante Alckmin
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (12), durante participação no Warren Institutional Day, em São Paulo (SP), que o governo federal vai cumprir as regras definidas pelo arcabouço fiscal e zerar o deficit público neste ano.
O que aconteceu
Alckmin garantiu que as regras do arcabouço fiscal serão cumpridas. Para o vice-presidente, as medidas definidas são essenciais para o desenvolvimento econômico. "O rigor fiscal é social, não é economicista", observou durante a palestra "Perspectivas políticas para o desenvolvimento econômico brasileiro"
Para o ministro, a limitação do déficit público é benéfica para os mais pobres. "Com rigor fiscal, nós vamos ter menor inflação e, portanto, melhorar a renda da população", destacou Alckmin.
A inflação não é socialmente neutra, ela atinge muito mais aquele que não tem capital, só tem salário, perde renda, o salário derrete, porque populações têm o maior poder aquisitivo.
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
Meta do arcabouço fiscal é fechar 2024 com os gastos públicos controlados. A medida, que visa um gasto menor do que as receitas, tem uma arrecadação de R$ 168 bilhões a R$ 200 bilhões. A proposta também limita o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores.
Governo corta gastos para tentar cumprir com a promessa. Após falas do presidente Lula contrárias ao corte de gastos, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) o convenceram da importância do cumprimento da meta. Como consequência, foram congelados R$ 15 bilhões de 30 ministérios.
Indústria
O ministro comemorou recentes resultados da indústria. Ao citar as últimas divulgações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o setor, Alckmin destacou o avanço de 2,3% do segmento, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A indústria vai ajudar o PIB dar uma melhorada, estamos fazendo um esforço grande de recuperar a indústria.
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
O vice-presidente lamentou o processo de desindustrialização. Segundo Alckmin, o Brasil sofre com o efeito das políticas industriais dos últimos 30 anos. "Nós desindustrializamos antes de ficar rico", avaliou.
Ele destacou a importância do comércio exterior para os países. Diante da situação, o ministro defendeu uma maior união do Brasil com os países vizinhos. "O mundo é globalizado, mas o comércio é intrarregional, Canadá, Estados Unidos e México, 50% do comércio é só entre eles", ressaltou.
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