Desemprego diminui em 15 estados e cai para 6,9% no Brasil

A taxa de desemprego caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024. É o menor desemprego em um segundo trimestre em dez anos. É o que apontam dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgados nesta quinta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entenda

A taxa teve queda de 1,1 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2023, quando o desemprego ficou em 8%. Na comparação com primeiro trimestre de 2024, a queda foi de 1 ponto percentual. No período o desemprego havia ficado em 7,9%. Com isso, o índice chegou ao seu menor valor para um segundo trimestre desde 2014.

A queda na taxa de desemprego ocorreu em por 15 das 27 Unidades da Federação. A queda é em comparação com o primeiro trimestre de 2024. As outras 12 unidades da federação não tiveram variações significativas no indicador.

As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). As menores foram as de Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

A taxa de informalidade no Brasil ficou em 38,6% da população ocupada. As maiores taxas são as do Pará (55,9%), do Maranhão (55,7%) e do Piauí (54,6%). As menores ficaram com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,6%. Os estados com as maiores taxas de empregados com carteira assinada foram Santa Catarina (87,0%), Paraná (81,6%) e São Paulo (80,5%). As menores taxas ficaram no Piauí (50,1%), no Maranhão (52,4%) e na Paraíba (54,7%).

A renda média da população ocupada teve alta. O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 3.214 no período entre abril e junho de 2024. Houve alta em comparação com o segundo trimestre de 2023, quando a renda médica era de R$ 3.037.

Entre as grandes regiões, o rendimento cresceu no Sul (R$ 3.528), no Nordeste (R$ 2.238) e no Sudeste (R$ 3.627). A renda ficou estável no Norte (R$ 2.508) e no Centro-Oeste (R$ 3.641) na comparação anual. Na comparação com o 1º trimestre de 2024, a renda cresceu apenas no Sul e no Nordeste, e ficou estável nas demais regiões.

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O percentual de desempregados caiu mais de 10% em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. O grupo dos que buscavam trabalho há dois anos ou mais teve a maior redução, de 17,3%.O grupo dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 15,2%. Já o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 11% e o grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 10,2%.

O número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais caiu para o menos valor em um segundo trimestre desde 2015. O contingente ficou em 1,7 milhão no segundo trimestre de 2024.

O crescimento da ocupação tem refletido positivamente entre os que buscam trabalho, à medida que passam a registrar menor tempo de procura. O crescimento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços de baixa ou alta complexidade, tem contribuído para a retração desse tempo de procura.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE

O desemprego foi maior para mulheres, pretos e pardos no período. A taxa de desocupação por sexo foi de 5,6% para os homens e de 8,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2024. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,5%) e acima da média para os pretos (8,5%) e pardos (7,8%).

Pessoas com menos escolaridade tiveram maior nível de desemprego. A taxa de desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 11,5% no período. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,1%, enquanto que para as pessoas com nível superior completo ela ficou em 3,6%.

A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 16,4% no período. O Piauí (33,0%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (29,5%) e Alagoas (26,6%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (5,8%), Rondônia (7,1%) e Mato Grosso (8,2%).

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São consideradas desempregadas as pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de trabalho. O dado não considera, portanto, quem não tem emprego e não está buscando vagas. Já quando se fala em subutilização, inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, ou seja, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

O levantamento abrange atividades formais e informais. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Veja a taxa de desemprego no 2º trimestre de 2024 por estado

  • Santa Catarina -- 3,2%
  • Rondônia -- 3,3%
  • Mato Grosso -- 3,3%
  • Mato Grosso do Sul -- 3,8%
  • Tocantins -- 4,3%
  • Paraná -- 4,4%
  • Espírito Santo -- 4,5%
  • Goiás -- 5,2%
  • Minas Gerais -- 5,3%
  • Rio Grande do Sul -- 5,9%
  • São Paulo -- 6,4%
  • Brasil -- 6,9%
  • Roraima -- 7,1%
  • Acre -- 7,2%
  • Maranhão -- 7,3%
  • Pará -- 7,4%
  • Ceará -- 7,5%
  • Piauí -- 7,6%
  • Amazonas -- 7,9%
  • Alagoas -- 8,1%
  • Paraíba -- 8,6%
  • Amapá -- 9%
  • Rio Grande do Norte -- 9,1%
  • Sergipe -- 9,1%
  • Rio de Janeiro -- 9,6%
  • Distrito Federal -- 9,7%
  • Bahia -- 11,1%
  • Pernambuco -- 11,5%

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