Após Xi Jinping condenar tarifaço, Trump diz que estratégia 'está indo bem'
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Nesta tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca Karoline Leavitt Briefs reafirmou os comentários feitos pelo presidente americano Donald Trump nas redes sociais.
Ao responder a jornalistas sobre a relação entre China e Estados Unidos, Karoline disse que Donald Trump está tentando frear a China, coisa que nenhum Republicano ou Democrata teve "coragem" de fazer. Ela afirmou ainda que o governo está "otimista" com a nova política tarifária e que o presidente Trump está tentado "remodelar" a ordem comercial mundial.
Diferentemente dos outros 75 países taxados, comentou a secretária em coletiva de imprensa na Casa Branca, em Washington, a China não se sentou para negociar com os EUA. Ela afirmou que os países precisam do mercado consumidor americano para continuar com seus negócios.
A expectativa do gabinete presidencial é que todas as tarifas possam ser revistas e negociadas individualmente com cada país antes do prazo final de 90 dias, estendido pelo presidente Trump ontem, 10. Karoline Leavitt não negou e nem afirmou que Pequim e Washington estavam negociando um acordo.
Mais cedo, em sua rede social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mostrou otimista em relação à nova política tarifária imposta pelo país sob produtos estrangeiros. Esse é o primeiro pronunciamento público do presidente americano após a retaliação chinesa anunciada na madrugada de hoje, elevando as taxas contra os EUA para 125%.
Em seu perfil da Truth, Trump escreveu: "Estamos indo muito bem com nossa POLÍTICA TARIFÁRIA. Muito animador para os Estados Unidos e para o mundo!!! Está avançando rapidamente". O presidente assina com as siglas do próprio nome Donald John Trump.
Linha do tempo
Em fevereiro, Donald Trump anunciou suas primeiras medidas tarifárias. Com foco no Canadá, México e China, o governo dos EUA alegava que esses países estavam facilitando a importação de fentanil, uma droga 50 vezes mais forte que a heroína. Porém, após negociações, os EUA postergaram o início das cobranças tarifárias em um mês.
Em março, os EUA taxaram em 20% os produtos chineses que entravam no país. Segundo Trump, por causa do tráfico de fentanil. No dia 2 de abril, os EUA divulgaram a lista dos principais países que seriam taxados. A alegação era que esses países sobretaxavam os produtos norte-americanos. Inclusive, o Brasil não ficou de fora da lista, ao receber imposições tarifárias de 10%.
Sendo taxada em 34%, a China realizou uma contraofensiva. Ao retaliar em 34% os EUA, a guerra comercial foi escalando gradativamente. Especialistas mundo afora alertavam sobre os riscos que uma guerra tarifária poderia causar, com impacto global na economia e risco de recessão.
Na última terça-feira, os EUA ampliaram as tarifas em 50%, chegando à 104%. O governo do presidente Xi Jiping não deixou barato e aumentou a taxação para produtos importados dos EUA para 84% na quarta-feira, 9. No mesmo dia, os EUA aumentaram para 145% as taxas contra China. Importante lembrar: 20% desse total já estava sendo cobrado desde Março como tentativa de mitigar o tráfico de fentanil para os Estados Unidos.
Na madrugada de hoje, a China aumentou as taxas para 125%. O ministério das finanças da China deu a entender, em nota, que esse seria o teto para a escalada comercial deflagrada por Donald Trump. "Não há vencedor em uma guerra tarifária e ir contra o mundo só resultará em autoisolamento", disse Xi Jiping, mandatário chinês em reunião com representantes da União Europeia.
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