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Bancos centrais de emergentes agem para evitar queda do câmbio

15/04/2016 12h20

15 Abr (Reuters) - Os bancos centrais dos países emergentes estão tomando ações para conter as quedas de suas moedas, atingidas pelas preocupações sobre a saúde da economia global, pelo yuan mais fraco e um tombo nos preços das commodities.

A lista a seguir mostra as medidas que os bancos centrais estão tomando ou considerando tomar para limitar a fraqueza de suas moedas.

Índia

O banco central tem vendido dólares via bancos estatais para dar suporte à rúpia após ela se aproximar das mínimas recordes contra o dólar. O banco vendeu US$ 3,34 bilhões líquidos através das intervenções no mercado à vista de câmbio em fevereiro, comparado com US$ 30 milhões em janeiro.

África do Sul

O banco central do país elevou sua taxa de recompra no dia 17 de março para tentar domar a crescente inflação, apesar dos temores sobre o enfraquecimento do crescimento econômico. No dia 4 de abril, o banco disse que vai continuar a elevar a taxa de juros, enquanto espera que a inflação atinja o pico de 7,8% em 2016, além do limite superior de sua meta de 6%.

México

Aumentou inesperadamente em 0,5 ponto percentual, para 3,75%, da taxa de juros em 17 de fevereiro e a realizou intervenção direta no mercado para vender dólares pela primeira vez desde 2009 para dar suporte ao peso. O banco central disse que está preparado para agir "se necessário", mas manteve os juros inalterados em março.

China

O yuan tem sido amparado por dólares vendidos pelos bancos estatais desde a depreciação de 11 de agosto. Restrições sobre os fluxos de capital para fora das fronteiras dos bancos têm sido aumentadas, junto com uma taxa de compulsório sobre os depósitos no país de bancos estrangeiros. As reservas internacionais da China tiveram um surpreendente aumento em março com a estabilização da moeda. 

Coreia do Sul

O banco central e o Ministério das Finanças disseram repetidas vezes que vão fazer "todo o necessário" para evitar excessivas oscilações do dólar-won, acusando os mercados de "comportamento de manada" após o won cair a seu menor nível em mais de cinco anos. A taxa de juros foi mantida inalterada pelo 9º mês seguido no dia 10 de março em 1,5%.

Peru

O país manteve a taxa de juros inalterada em março a 4,25% após três aumentos consecutivos e uma pequena desaceleração da inflação. O aperto do compulsório antes da decisão, uma ferramenta utilizada como uma alternativa a mudar a taxa de juros. O banco central também tem vendido dólares e estreitado as operações de derivativas de câmbio para apoiar o sol.

Colômbia

Elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual para 6,5% no dia 18 de março, o sétimo aumento mensal seguido. O peso já subiu cerca de 3% contra o dólar após acumular quedas de 25% em 2015.

Uruguai

Tem intervindo regularmente nos mercados de câmbio para apoiar o peso, que está em seu menor nível desde 2002. Elevou a taxa de compulsório mínima dos bancos para moeda nacional ou estrangeira, buscando domar a inflação que atingiu 10,6% em março, a maior desde 2003.

Brasil

Tem usado os swaps cambiais, acordos de recompra de dólar e dívida local para estabilizar o real, que despencou 33% em 2015. Os juros foram mantidos em 14,25% em março para evitar um golpe maior sobre a economia, apesar da alta da inflação. 

Rússia

Manteve os juros em 11% no dia 18 de março, mas disse que a política monetária vai continuar moderadamente apertada enquanto ainda é muito cedo para declarar que está tudo certo. Está elevando a taxa mínima de compulsório sobre os passivos em moeda estrangeira dos bancos em 1 ponto percentual.