Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Setor de serviços no Brasil cai 4,5% e tem pior resultado para abril desde 2012

Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

15/06/2016 09h53

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - As perdas nos segmentos de transportes, informação e atividades profissionais mantiveram o setor de serviços em trajetória de queda em abril, registrando o pior resultado para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2012, em meio ao cenário de recessão, desemprego e inflação elevados que afetam o consumo.

O volume do setor brasileiro de serviços recuou 4,5% em abril sobre o mesmo mês do ano anterior, 13º mês seguido no vermelho, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (15).

Apesar da queda anual ter sido menor do que a de 5,9% vista em março, o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha, salientou que "ainda não há uma tendência de reversão".

"Para o setor de serviços zerar a perda, tem que crescer 0,6% ao mês de maio até dezembro na comparação com o ano anterior. Isso parece um pouco difícil dado o comportamento da indústria e da economia brasileira", completou ele.

Com a economia em recessão e o desemprego em alta, o principal peso sobre o resultado de abril veio do segmento de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, cujo volume recuou 6,5% em abril.

Também pesou a atividade de Serviços de informação e comunicação, com queda de 3%, e de Serviços profissionais, administrativos e complementares, com recuo de 5,4%.

O volume do chamado agregado especial Atividades turísticas, item à parte por repetir serviços já avaliados em outras atividades, acelerou as perdas a 3,6% em abril, contra queda de 2,3% no mês anterior.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) aponta para ainda mais deterioração do setor de serviços do Brasil em maio, com mais demissões de empregados.