CSN retoma exportação de minério, usa Porto do Sudeste
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A CSN retomou as exportações de minério de ferro, mas está utilizando o Porto do Sudeste, controlado pelo grupo Mubadala, enquanto tenta reparar estragos causados por acidente em equipamento em seu porto próprio há quase duas semanas, disse uma fonte próxima da companhia nesta quarta-feira.
"Está se usando o Porto do Sudeste para embarcar", disse a fonte sem precisar quando as exportações foram retomadas. "Isso tem um custo, mas está blindado pelo seguro. Ele cobre e compensa. Está completamente blindado contra perda de produção e lucro cessante. O minério não vai deixar de ser embarcado", acrescentou.
A fonte estimou que os embarques de minério pelo porto próprio da CSN em Itaguaí (RJ) poderá ocorrer a partir de maio. "É mais provável que seja no mês que vem."
Representantes da CSN não puderam comentar o assunto de imediato.
Segundo a fonte, o equipamento transportador de minério no porto, conhecido como "reclaimer" e que possui grandes dimensões, ainda não foi reparado. "O equipamento sofreu uma queda e foi acionado o seguro para cobrir", disse a fonte. "Não se tem toda avaliação da causa do problema", acrescentou.
A expectativa é que o acidente não represente grandes impactos para os resultados da CSN, disse a fonte. "Isso não vai impactar muito o resultado porque vai se escoar todo o material", afirmou.
Segundo analistas do BTG Pactual, a área de minério de ferro da CSN é responsável por 50 por cento da geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia. Ainda segundo os analistas, o porto da CSN em Itaguaí é responsável por cerca de 10 por cento das exportações de minério de ferro do Brasil.
Questionada sobre incertezas do mercado sobre a firmeza dos preços do aço no Brasil, a fonte afirmou que a CSN não avalia por enquanto eventuais descontos, apesar do cenário cambial e de preços internacionais que tem incentivado importações da liga pelo país.
A avaliação do mercado pela CSN é que os preços internacionais do aço deverão subir nos próximos meses diante do impacto de aumentos no preço do carvão após ocorrência no final de março de ciclone na Austrália, importante produtora do insumo.
Na semana passada, o presidente-executivo da rival Usiminas afirmou que a empresa também não avaliava conceder descontos nos preços do aço uma vez que tinha a expectativa de elevação dos preços internacionais da liga nos próximos meses.
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