Lojas Americanas mostrará evolução em ritmo de abertura de lojas no 1º semestre, diz CFO
SÃO PAULO (Reuters) - A Lojas Americanas está confiante que vai cumprir a meta de abrir 200 lojas em 2017, apesar do baixo número de estabelecimentos inaugurados nos primeiros três meses do ano, e acredita que o ritmo de expansão vai mostrar uma evolução até meados do ano, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da varejista, Murilo Corrêa.
A varejista encerrou o primeiro trimestre com apenas 7 novas unidades inauguradas. No balanço trimestral, a empresa informou que há mais de 130 novas lojas programadas, sendo 32 em fase de construção, 44 com contrato celebrado e 55 em estágio avançado de negociação.
"Estamos muito otimistas com esse objetivo de 200 lojas", afirmou o executivo em teleconferência com analistas sobre o resultado do primeiro trimestre divulgado na noite de quinta-feira.
Analistas da Brasil Plural citaram em relatório a clientes que o ritmo de abertura até o momento não mostrou a esperada aceleração.
"A partir de agora, acreditamos que será importante acompanhar atentamente a execução da empresa", destacaram os analistas da corretora Guilherme Assim e Felipe Cassimiro.
Na teleconferência, o executivo da Lojas Americanas reafirmou o objetivo do programa 'Somos Mais - Brasil', que prevê a abertura de 800 lojas período 2015-2019, assim como destacou que de forma alguma a empresa irá abrir mão de rentabilidade das novas lojas.
"Não anunciamos isso (200 lojas em 2017) no sentido de que estamos sendo mais flexíveis", destacou.
Segundo ele, o plano da companhia é desconcentrar as aberturas que ficam mais centralizadas em outubro e novembro. "No primeiro semestre vai haver uma evolução no ritmo de expansão de lojas."
O plano de 800 unidades não contempla as lojas de conveniência que a empresa vem testando nos últimos quatro a cinco meses, com quatro unidades já em funcionamento, sendo uma delas no Rio de Janeiro, de acordo com o executivo.
Côrrea afirmou que a empresa vê muito potencial nessas novas lojas, avaliando que o retorno pode ser bem melhor do que o modelo atual de estabelecimentos em termos de venda por metro quadrado, por exemplo.
"Em relação ao conceito da loja, a gente acha que tem tudo para dar certo", afirmou.
A Lojas Americanas teve prejuízo líquido consolidado de 132,9 milhões de reais de janeiro a março, pressionada por efeitos de calendário, com a Páscoa que neste ano ocorreu no segundo trimestre (abril), enquanto em 2016 caiu em março.
Às 16h26, as ações preferenciais da companhia recuavam cerca de 4 por cento na bolsa paulista, a 17 reais, na ponta negativa do Ibovespa, que avançava quase 1 por cento.
(Por Paula Arend Laier)
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