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Centro-sul produz 1,75 mi t de açúcar na 2ª quinzena de maio, acima de estimativas

13/06/2017 11h52

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de açúcar do centro-sul do Brasil, maior produtor global, somou 1,75 milhão de toneladas na segunda quinzena de maio, um volume considerado baixo para o período se comparado ao histórico, mas ainda assim acima das projeções do mercado.

As usinas no centro-sul produziram 2,1 milhões de toneladas de açúcar na primeira quinzena de maio, segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, que disse nesta terça-feira que a moagem na segunda metade do mês foi prejudicada por chuvas acima da média, que levou à perda de dias de atividade, derrubando a produção de açúcar.

Ainda assim, agentes de mercado esperavam um impacto maior das chuvas. Uma pesquisa da S&P Global Platts projetou que a produção de açúcar totalizaria apenas 1,59 milhão de toneladas no período.

Os futuros do açúcar em Nova York ampliaram perdas após os dados da Unica.

As usinas no centro-sul moeram 31,58 milhões de toneladas de cana na segunda quinzena de maio, ante 38,461 milhões na primeira metade do mês, disse a Unica. O mercado previa uma moagem ainda 2 milhões de toneladas menor.

A moagem tem sido mais lenta nesta temporada 2017/18 em geral. A Unica disse que a moagem acumulada somou 111 milhões de toneladas até agora, ante 141 milhões de toneladas na temporada anterior.

A produção de açúcar está 18 por cento menor, no mesmo período de comparação, enquanto a produção de etanol está 26 por cento menor.

"É a quarta quinzena consecutiva em que vemos números menores de moagem na comparação com a safra anterior", disse a Unica em relatório.

A concentração de açúcar na cana, que é impactada diretamente pelo tempo úmido, foi de 122 quilos por tonelada de cana na segunda quinzena de maio, ante 130 quilos no mesmo período da temporada anterior.

Analistas dizem que as usinas podem recuperar o tempo perdido nos próximos meses se o clima melhorar. Do contrário, a região corre o risco de uma moagem menor que a inicialmente prevista.

(Por Marcelo Teixeira)