Russos, coreanos, franceses e chineses têm interesse em Angra 3, diz CEO da Eletrobras
SÃO PAULO (Reuters) - Quatro grupos internacionais de quatro países manifestaram interesse em concluir a obra de Angra 3, a polêmica usina nuclear cuja construção está paralisada em meio ao envolvimento no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo o presidente-executivo da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., russos, sul-coreanos, franceses e chineses estão interessados, enquanto a estatal e o governo debatem valores para conclusão da obra.
Para o executivo, o governo prevê uma decisão até setembro sobre como levar adiante o empreendimento.
De acordo com Ferreira Jr., seria possível iniciar a operação de Angra 3 em 2023, caso uma decisão favorável à retomada das obras seja tomada em setembro.
Ele comentou que as empresas interessadas não temem questões relacionadas ao escândalo de corrupção, pois a Eletrobras está com uma agenda forte de governança para impedir novos desvios de conduta.
"Estamos debatendo valor para conclusão, de ter parceiro, financiamento internacional e indexação da tarifa", declarou ele a jornalistas, em conferência de imprensa para afirmar sua intenção de continuar na empresa, após polêmicas com funcionários.
O executivo não comentou o nome das empresas interessadas.
A conclusão da construção da usina nuclear de Angra 3, cujas obras estão paralisadas desde o final de 2015, exigiria entre 8 bilhões e 9 bilhões de reais em investimentos e até cinco anos de trabalho, disse em maio o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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