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ANP diz que Total tende a conseguir licença ambiental para Foz do Amazonas

31/08/2017 12h48

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A licença ambiental para a francesa Total explorar petróleo na Foz do Amazonas tende a ser concedida, sendo apenas "questão de tempo", avaliou nesta quinta-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, em evento no Rio de Janeiro.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) rejeitou um estudo ambiental da companhia sobre seus planos de exploração de petróleo na região, e ameaçou arquivar o processo de licenciamento.

Em despacho na noite de segunda-feira, o órgão ambiental disse que já requisitou três vezes algumas informações técnicas sobre o projeto da Total e que ainda precisa entender como a petroleira faria para mitigar riscos ambientais na região.

Repetidas recusas do Ibama em aceitar os estudos ambientais da Total têm mantido em suspenso há anos a tentativa da companhia de explorar a Foz do Amazonas, uma área que alguns geólogos dizem que pode contar até 14 bilhões de barris de petróleo in situ.

A Total liderou um grupo que inclui a britânica BP e a Petrobras na compra de cinco blocos de exploração na bacia em 2013, mas a descoberta de um enorme recife de corais a apenas 28 quilômetros dos blocos colocou em dúvida a aprovação ambiental para a exploração.

Oddone ponderou, contudo, que a ANP não tem poder para interferir na concessão da licença.

TEMPESTADE HARVEY

No mesmo evento, o diretor-geral comentou brevemente que a tempestade tropical Harvey nos Estados Unidos, que impactou o mercado de combustíveis mundo afora, não está prejudicando a oferta desses produtos no Brasil.

"Não vejo problema nenhum. Houston não é o único ponto de embarque de combustível para o Brasil. O combustível importado leva um mês, dois meses para chegar. Então não há a menor dificuldade", destacou.

Por fim, Odonne disse que o problema com oferta de combustível marítimo, reportado pela Reuters na véspera, não é algo que esteja "preocupando".

Na quarta-feira, a Petrobras informou que um inesperado e recente aumento da demanda de óleo combustível para usinas térmicas impactou oferta de combustível marítimo da estatal.

(Por Alexandra Alper)