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Dreyfus não está vendendo ativos de suco no Brasil, mas está aberta a parcerias

11/09/2017 19h41

Por Marcelo Teixeira

SÃO PAULO (Reuters) - A Louis Dreyfus não busca vender suas operações brasileiras de suco, mas está aberta a parcerias na área, incluindo possíveis negócios com engarrafadoras locais, disse o presidente da unidade da companhia no Brasil, Murilo Parada, em entrevista à Reuters nesta segunda-feira.

Parada, que é também o chefe global da Dreyfus para sucos, respondeu a um pedido da Reuters para comentários após o jornal O Estado de S.Paulo publicar nesta segunda-feira que havia rumores de que a companhia venderia sua grande operação de sucos no Brasil e que a israelense Prodalim estaria interessada.

"A Prodalim não nos contatou, e mesmo se tivesse, não estamos interessados em vender a operação", disse Parada.

A Prodalim e a Louis Dreyfus Company anunciaram no mês passado um acordo para a companhia israelense comprar uma unidade de armazenamento e mistura de sucos nos Estados Unidos.

Sob o acordo, a Dreyfus continuaria a usar a unidade para operações de mistura e armazenamento em um contrato de longo prazo.

A Prodalim disse que tem planos de expandir no setor. A israelense fechou um acordo com a produtora local de suco Gota Doce Citrus em 2014 para ter exclusividade para vender seus produtos.

"A Dreyfus está aberta a parcerias, 'upstream' e 'downstream' (produção e distribuição) no setor de sucos, mas não estamos vendendo as plantas", disse Parada, que foi promovido a executivo global das operações de suco quando o antigo chefe Adrian Isman foi anunciado como novo executivo de grãos.

O presidente da unidade brasileira da Dreyfus disse que a companhia decidiu no passado fortalecer a produção de sucos no Brasil, reduzindo sua presença nos Estados Unidos devido à queda na produção de frutas da Flórida.

A companhia tem quatro unidades de processamento de fruta no Brasil, maior exportador mundial de suco de laranja, e um terminal portuário para carregamento de sucos.

Em relação às mudanças na administração do setor de grãos, Parada disse que Adrian Isman provavelmente trabalharia muito junto a André Roth, chefe global de oleaginosas. Ambos trabalharam juntos no Brasil durante alguns anos no passado.

Isman, disse Parada, continuará baseado nos Estados Unidos e continuará chefiando as operações da Dreyfus lá como o presidente da região, junto às suas atribuições como chefe de grãos.

Ele não quis falar mais sobre outras possíveis mudanças na administração de grãos da companhia.