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Engie prevê antecipar projeto de transmissão em até 1 ano e cortar custo em até 20%

22/12/2017 13h10

SÃO PAULO (Reuters) - Após arrematar na semana passada uma concessão para estrear no setor de transmissão de energia no Brasil, a elétrica Engie vai buscar antecipar a entrega do empreendimento e cortar custos em relação aos orçamentos previstos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), disse nesta sexta-feira o presidente da companhia, Eduardo Sattamini.

Em teleconferência com investidores, ele afirmou que a Engie acreditar ser viável cortar de 15 a 20 por cento os investimentos na construção do lote arrematado no leilão, frente à estimativa da Aneel de 2 bilhões de reais.

Já o prazo de entrega poderia ser antecipado em entre 6 meses e 12 meses, segundo o executivo.

Ele afirmou ainda que a Engie Brasil Energia, controlada pelo grupo francês Engie e líder em geração no Brasil entre empresas privadas, seguirá prospectando empreendimentos que o governo irá licitar no setor de transmissão.

"A gente vai continuar perseguindo, não vai ficar em uma só linha", disse ele, ressaltando preferência por disputas em leilões, ao invés de aquisições.

Durante a teleconferência, os executivos da Engie comentaram também sobre os leilões para novos projetos de geração, realizados nesta semana, que registraram os menores preços da história no país para novas usinas eólicas e solares.

"A gente entendeu que não deveria ir adiante com preços tão baixos, sem agregação de valor na nossa atividade", disse Sattamini.

Ele atribuiu a forte competição que derrubou as cotações a um elevado apetite de investidores após o Brasil não realizar licitações para novos projetos eólicos e solares no ano passado.

"Não achamos que seja uma tendência permanente. É uma situação que está acontecendo agora em função de um período muito longo de carência de leilões, há necessidade de algumas empresas colocarem seus projetos adiante", apontou.

A Engie destacou ainda que já assegurou neste ano um crescimento de 17 por cento em sua área de geração, após fechar a aquisição das hidrelétricas de Jaguara e Miranda em um leilão realizado pelo governo em setembro e comprar o parque eólico Umburanas junto à Renova Energia.

(Por Luciano Costa)