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Otimismo aumenta entre presidentes de empresas apesar de preocupações geopolíticas

22/01/2018 19h35

Por Noah Barkin

DAVOS, Suíça (Reuters) - Os presidentes-executivos estão mais otimistas quanto à perspectiva econômica do que estavam há muitos anos, embora as preocupações estejam crescendo em torno de geopolítica, ameaças cibernéticas e terrorismo, mostrou uma pesquisa apresentada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A pesquisa da PwC realizada com cerca de 1.300 presidentes-executivos indica que 57 por cento deles esperam que o crescimento global melhore em 2018, quase o dobro do ano passado e o maior aumento desde o início do levantamento em 2012.

O otimismo foi especialmente forte nos Estados Unidos após um ano de crescimento robusto, desregulamentação e reduções de impostos sob a administração do presidente Donald Trump.

Cerca de 59 por cento dos chefes de empresas norte-americanas expressaram confiança na economia, em comparação com 24 por cento no ano passado, e 52 por cento disseram esperar que isso se traduza em crescimento de receita para suas empresas em 2018, ante 39 por cento.

"Com o crescimento do mercado de ações e previsão de crescimento para o produto interno bruto na maioria dos principais mercados em todo o mundo, não é surpresa que os executivos sejam tão otimistas", disse Bob Moritz, presidente global da PwC.

Mas o otimismo quanto a perspectiva anual mascarou o aprofundamento da ansiedade sobre uma série de ameaças sociais.

Pelo menos 40 por cento dos presidentes-executivos admitiram estar "extremamente preocupados" com a incerteza geopolítica, ameaças cibernéticas e terrorismo, enquanto 31 por cento estão preocupados com as mudanças climáticas após um ano de tempestades devastadoras.

Na semana passada, o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial apontou as crescentes apreensões sobre a guerra após um ano em que Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte e retirar os EUA de um acordo entre as potências ocidentais e o Irã, com o objetivo de reduzir seu programa nuclear.

(Por Noah Barkin)