Odebrecht aceita pagar US$17,9 mi à Guatemala para compensar atos de corrupção no país
CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - A empreiteira brasileira Odebrecht aceitou pagar 17,9 milhões de dólares para Guatemala, um montante equivalente aos subornos recebidos pelos funcionários públicos do país para o fechamento de contratos, disse na quarta-feira o Ministério Público do país.
A Odebrecht foi acusada em vários países de pagar subornos milionários a funcionários de alto escalão, candidatos e presidentes para ser favorecida.
Em 2016, os executivos da construtora admitiram pagamentos a autoridades guatemaltecas no valor de 18 milhões de dólares para obter os contratos de construção de uma rodovia.
Uma investigação entre os Ministérios Públicos do Brasil e da Guatemala, juntamente com a Comissão Internacional contra Impunidade na Guatemala (CICIG), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou há três dias que o ministro de Infraestrutura, Alejandro Sinibaldi, concordou em receber 19,5 milhões de dólares para assegurar que a Odebrecht tivesse o contrato por 300 milhões de dólares.
Mas Sinibaldi, qque permaneceu como fugitivo desde meados de 2016, recebeu 17,9 milhões de dólares apenas, de acordo com a investigação.
A filial da construtora na Guatemala também se comprometeu a desistir de qualquer pagamento pendente derivado deste contrato, disse a procuradora-geral, Thelma Aldana, em coletiva de imprensa.
O episódio de corrupção que incluiu a Guatemala também atingiu o ex-candidato presidencial, Manuel Baldizón, que foi detido em 21 de janeiro em Miami, nos Estados Unidos, e que aguarda deportação por ter cobrado 1,6 milhão de dólares do suborno pago a Sinibaldi.
(Por Sofía Menchú)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.