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Paulo Preto, apontado como operador do PSDB, volta a ser preso

30/05/2018 11h12

(Reuters) - O ex-diretor da estatal paulista de desenvolvimento rodoviário Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso nesta quarta-feira, informou o Ministério Público Federal em São Paulo, menos de três semanas após ter sido solto por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Paulo Preto foi diretor da estatal Dersa durante governos do PSDB em São Paulo.

O MPF informou que Paulo Preto foi preso devido a reiterações de ameaças relatadas por testemunhas e colaboradores. Uma das testemunhas inclusive ligou para o gabinete de uma integrante da força-tarefa da Procuradoria relatando medo de depor, de acordo com o MPF.

Paulo Preto foi preso inicialmente no início de abril, a pedido da força-tarefa da operação Lava Jato em São Paulo. Ele e outros envolvidos tornaram-se réus sob acusação de terem desviado entre 2009 e 2011 o equivalente a 7,7 milhões de reais, em valores da época, na forma de dinheiro em espécie e de imóveis.

O ministro Gilmar Mendes, no entanto, decidira conceder uma liminar em habeas corpus para revogar a prisão preventiva em 11 de maio, alegando que não havia justificativa processual para manter a prisão preventiva dele. Um dos argumentos para que ele permanecesse detido eram as ameaças que teria feito a uma pessoa que o acusou, mas Gilmar Mendes argumentou que não havia comprovação sólida disso.

Procurada, a defesa de Paulo Preto não estava disponível de imediato para comentar.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)