Petroleiros iniciam greve em refinarias, terminais e plataformas, dizem sindicatos
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Funcionários da Petrobras iniciaram greve de 72 horas nesta quarta-feira em diversas refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos, apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) na véspera ter declarado que o movimento dos petroleiros é ilegal, informaram sindicatos.
Na terça-feira, petroleiros afirmaram que a greve não deve trazer riscos para o abastecimento do país e que têm a responsabilidade de atender as necessidades básicas da população.
Além disso, a Petrobras conta com grandes estoques de combustíveis em suas refinarias para enfrentar o movimento, após os protestos de caminhoneiros reduzirem fortemente as saídas dos produtos das unidades desde o início da semana passada, disse à Reuters na terça-feira uma fonte da empresa.
A greve nacional tem como objetivo uma redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis. Também é contra a privatização da Petrobras e busca a saída do presidente da petroleira Pedro Parente, segundo sindicatos.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que os trabalhadores não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).
Além disso, a FUP informou que também não houve troca dos turnos da zero hora nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).
"Na Bacia de Campos, as informações iniciais eram de que os trabalhadores também aderiram à greve em diversas plataformas. O movimento prossegue pela manhã, quando estão previstas paralisações nas demais bases do Sistema Petrobras", disse a FUP.
Procurada nesta quarta-feira, a Petrobras não respondeu imediatamente ao pedido de comentários.
(Por Marta Nogueira)
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