Bovespa mostra fraqueza com exterior e notícias corporativas em foco
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava alguma fraqueza na manhã desta segunda-feira, marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, em meio a um quadro misto no mercado financeiro global e notícias corporativas domésticas, incluindo dados de produção da mineradora Vale.
Às 11:45, o Ibovespa caía 0,43 por cento, a 76.267,58 pontos. O volume financeiro somava 4,17 bilhões de reais.
A ausência de novidades relevantes no cenário político-eleitoral corroborava a dependência do pregão brasileiro aos movimentos no mercado internacional.
"Acredito que o cenário ainda é bastante indefinido e só teremos uma possibilidade de melhor avaliação mais perto ou após iniciada a campanha eleitoral. Enquanto isso, o cenário externo será preponderante sobre o preço dos ativos locais", afirmou o gestor de uma administradora de recursos do Rio de Janeiro.
No exterior, os principais índices acionários de Wall Street tinham pequenas variações, com a queda do petróleo pressionado ações do setor de energia e contrabalançando a recuperação no setor financeiro, após o resultado do Bank of America reavivar otimismo com a temporada de resultados nos EUA.
DESTAQUES
- EMBRAER tinha alta de 2,8 por cento, em meio a vários anúncios da fabricante brasileira de aviões desde o fim de semana, incluindo o de que a companhia aérea norte-americana United Airlines fez um pedido firme para 25 jatos E175 da Embraer, no valor de 1,1 bilhão de dólares com base no preço atual de lista.
- GOL PN avançava 6,6 por cento, tendo no radar novo contrato para a aquisição adicional de 15 jatos Boeing 737-MAX 8, elevando o total de pedidos da companhia aérea brasileira para 135 jatos, além da conversão de 30 pedidos atuais do modelo MAX 8 para 737 MAX 10, garantindo uma capacidade adicional de 30 assentos. Ainda de pano de fundo, o Goldman Sachs começou a cobertura de companhias aéreas da América Latina, com recomendação ‘neutra’ e preço-alvo de 11,7 reais para a Gol.
- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiam 4,3 e 2,8 por cento, respectivamente, tendo como pano de fundo o recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na sexta-feira ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para derrubar decisão liminar da 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro que suspendeu o leilão de seis distribuidoras de energia subsidiárias da companhia.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cediam 1,4 e 2 por cento, na esteira do forte recuo dos preços do petróleo no exterior.
- VALE tinha variação negativa de 0,12 por cento, em sessão sem viés claro, mesmo após a mineradora divulgar que a produção e as vendas de minério de ferro e pelotas bateram recorde no segundo trimestre para o período, em meio a um aumento das atividades na importante mina S11D, no Pará, e redução da produção em minas de menor qualidade nos sistemas Sul e Sudeste. Os preços do minério de ferro à vista também subiram na China.
- USIMINAS caía 2,4 por cento, tendo no radar que o Ministério Público do Trabalho (MPT) ingressou com ação civil pública na Justiça contra a Usiminas, citando documentos que comprovam que a empresa forneceu dinheiro de forma ilícita a um sindicato do qual faz parte Luiz Carlos Miranda, membro do conselho de administração da empresa indicado pelos empregados, conforme noticiado pelo side do jornal O Estado de S.Paulo na sexta-feira. Em comunicado ao mercado nesta segunda-feira, a Usiminas disse que a eleição de Miranda para o conselho foi "realizada de forma absolutamente regular".
- MARFRIG caía 2,11 por cento, após o Barclays começar a cobertura dos papéis com recomendação 'underweight' e preço-alvo de 8 reais.
(Por Paula Arend Laier)
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