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Propaganda de Alckmin na TV foca no eleitorado feminino

06/09/2018 15h28

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O programa eleitoral do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, visou nesta quinta-feira o eleitorado feminino, com a presença da candidata a vice na chapa do tucano, senadora Ana Amélia, e uma apresentação do ex-governador de São Paulo como um político comprometido em melhorar a vida das mulheres.

"Não é por acaso que eu escolhi ter como vice uma mulher", disse Alckmin na propaganda, em que foi apresentado por uma narradora como um governador que "fez muito" para melhorar a vida das mulheres em São Paulo, com medidas como aumento no número de delegacias da mulher e a criação de programas de saúde voltados para o público feminino, além do investimento em creches.

Em sua fala, Ana Amélia disse que as mulheres brasileiras sofrem todos os dias com "a desigualdade, o preconceito e a violência", e apontou Alckmin como alguém experiente, sensível e capaz de fazer as mudanças que o Brasil tanto precisa.

O programa do candidato do PSDB, que possui o maior tempo entre todos os concorrentes ao Palácio do Planalto, também dedicou espaço à mulher do ex-governador, Lu Alckmin, responsável por tocar projetos sociais durante as gestões do marido no governo paulista.

"Ao longo dos meus 45 anos de vida pública minha grande companheira de jornada foi e continua sendo uma mulher, a Lu", disse Alckmin.

O programa do tucano ainda fez uma crítica ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) por ter afirmado que não contrataria uma mulher pelo mesmo salário de um homem. Bolsonaro, que lidera pesquisa de intenção de voto do Ibope divulgada na véspera, é considerado um concorrente direto de Alckmin na disputa por votos de eleitores conservadores.

CIRO E HADDAD

Já o programa do candidato Ciro Gomes (PDT), com menos de um minuto, trocou o foco nesta quinta-feira para a criação de empregos, após edições anteriores voltadas apenas para a promessa do pedetista de ajudar pessoas a recuperarem o crédito e limparem o nome.

Ciro tem uma promessa de campanha de criar 2 milhões de empregos no primeiro ano de governo por meio de um amplo programa de obras de infraestrutura.

"Só tem um jeito de tirar o Brasil da crise: emprego na veia. Por isso criei um plano emergencial para criar muitos empregos já no primeiro ano. Reativar milhares de obras públicas que estão paradas em todo país, iniciar um grande programa de saneamento básico, empregando, de preferência, os moradores dos bairros beneficiados, retomar a construção do Minha Casa Minha Vida. Isso vai dar um grande empurrão na nossa economia", disse.

No programa do PT, que repetiu a mesma edição exibida na noite de terça-feira, o atual candidato a vice do partido, Fernando Haddad, defendeu o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato, apesar de o petista ter tido o registro barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e fez duras críticas ao presidente Michel Temer.

"Tudo começou quando nós ganhamos as eleições em 2014. Temer traiu Dilma, uma mulher honesta, e se juntou ao PSDB para tomar o poder. Com o apoio da grande mídia, alimentaram o ódio entre as pessoas. E isso foi só o começo. Enquanto perseguem Lula, o governo Temer destrói o país, corta direitos e conquistas históricas do nosso povo, vende nossas riquezas e entrega nossa soberania", afirmou.

(Por Pedro Fonseca)