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Índices europeus têm poucas variações após novas tarifas comerciais dos EUA

Julien Ponthus

De Londres

18/09/2018 13h21

Os índices acionários europeus oscilaram, mas depois se recuperaram nesta terça-feira, depois que Pequim revidou com novas tarifas sobre 60 bilhões de dólares em produtos norte-americanas, menos de 24 horas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 10 por cento sobre mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas.

Depois de ignorar o movimento norte-americano no pregão da manhã, o STOXX 600 caiu para a mínima da sessão após a retaliação da China, com queda de até 0,2 por cento, enquanto o principal índice de ações da zona do euro caiu 0,1 por cento.

No entanto, ambos os índices se recuperaram rapidamente quando ficou claro que os níveis tarifários anunciados pela China eram mais baixos do que o esperado anteriormente - impondo tarifas de 5 a 10 por cento sobre produtos norte-americanos que antes eram listados para receber tarifas de 10 a 20 por cento.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,08 por cento, a 1.480 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,11 por cento, a 379 pontos.

Os investidores e analistas ficaram perplexos com os primeiros movimentos do mercado, que desconsideraram a intensificação da disputa tarifária entre os EUA e a China.

Mark Haefele, diretor de investimentos da UBS Wealth Management, destacou como a retaliação chinesa foi importante para as perspectivas dos mercados.

"Uma rodada de retaliação menos do que proporcional provavelmente seria tomada positivamente pelo mercado, reduzindo o risco de uma escalada significativa no conflito", escreveu ele em nota.

Thomas Costerg, economista sênior da Pictet nos Estados Unidos, disse antes do anúncio comercial dos EUA que os investidores podem já estar preparados para a guerra comercial e avaliam que o governo Trump mostrou alguma moderação, já que poderia ter imposto tarifas ainda mais altas.

"Dez por cento podem realmente vir como um alívio", disse ele, acrescentando que tal número seria "ruim, mas administrável".

Na seara corporativa, o principal ganho veio da Schibsted, da Noruega, que avançou 9,1 por cento depois de anunciar que vai desmembrar seus classificados internacionais online.

A Pandora, da Dinamarca, subiu cerca de 10 por cento, fechando o dia com avanço de 6,8 por cento, depois de notícias de que fundos de private equity estão considerando uma possível oferta para a empresa como razão para o aumento dos preços das ações.

O índice FTSEurofirst 300 fechou com alta de 0,08 por cento, a 1.480 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,03 por cento, a 7.300 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,98 por cento, a 12.172 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,28 por cento, a 5.363 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,55 por cento, a 21.228 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,46 por cento, a 9.447 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,61 por cento, a 5.361 pontos.