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Na TV, Alckmin aumenta bombardeio sobre PT e Bolsonaro e diz que só ele vence petismo no 2º turno

27/09/2018 21h23

SÃO PAULO (Reuters) - O programa eleitoral do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, desta quinta-feira aumentou o bombardeio sobre os adversários Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad e reforçou o discurso de que votar no capitão da reserva do Exército é garantir a vitória do petista e que o tucano é o único capaz de impedir a volta do PT ao poder.

Alckmin foi apresentado no programa como um "especialista em derrotar o PT".

"Se você não quer entregar o país para o PT ou para alguém da turma dele, o seu candidato não pode ser o Bolsonaro, por mais que você simpatize com ele. Para vencer o PT e sua turma no segundo turno, o candidato é Geraldo Alckmin, mesmo que você não simpatize tanto com ele", disse uma apresentadora, que na sequência fez um apelo ao eleitorado que já foi tucano e agora está com o postulante do PSL.

"A questão agora não é de simpatia. A questão é: não deixar o PT voltar. Se você não quer que o PT volte, volte você para o 45. Esse é o único jeito de o Brasil não dar PT."

A propaganda tucana lembra que Alckmin venceu um candidato do PT em eleições para o governo de São Paulo por três vezes, as duas últimas --2010 e 2014-- já no primeiro turno.

"Se você não quer eleger o PT, não vote errado no primeiro turno. Juntos vamos derrotar o PT", afirma Alckmin na propaganda.

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, também centrou suas baterias contra o PT e Bolsonaro, afirmando, no caso do candidato do PSL, que ele já declarou não entender de economia e, no caso do PT, que o partido não fez autocrítica em relação aos erros cometidos no governo Dilma.

Já o programa de Haddad apostou na nostalgia do eleitorado com o bom momento econômico vivido nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apareceu na propaganda exaltando feitos de sua administração.

Sem citar Dilma, o programa petista acusa os rivais de terem dado um golpe na democracia com o impeachment que a retirou da Presidência em 2016.

"Você se lembra, foram 12 anos de prosperidade. Então eles se juntaram e traíram a vontade do povo, deram um golpe na democracia. Condenaram injustamente o maior presidente da nossa história e condenaram o povo a pagar a conta da crise que eles criaram", afirmou Haddad.

(Por Eduardo Simões)