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Fed minimiza dor de cabeça para a política monetária causada por queda em reservas bancárias

17/10/2018 17h54

NOVA YORK (Reuters) - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, acabou com qualquer dúvida sobre suas ferramentas de política monetária após uma queda, no último mês, no chamado excesso de reservas que circulam entre os bancos, de acordo com a ata da última reunião, dos dias 25 e 26 de setembro, publicada nessa quarta-feira.

Desde que o Fed começou a diminuir seu balanço há um ano, a autoridade monetária gastou 250 bilhões de dólares em títulos acumulados para ajudar a economia a se recuperar da recessão. Durante o mesmo período, as reservas bancárias caíram mais que o dobro deste valor, o que estimulou um aumento da taxa de juros dentro de um intervalo definido, atualmente de 2 a 2,25 por cento.

O banco central norte-americano está pagando atualmente uma taxa de 2,20 por cento pelo excesso de reservas bancárias (IOER, em inglês).

Em setembro, esse efeito propulsor foi ampliado por um salto na arrecadação, ampliando os recursos na conta do Departamento do Tesouro dos EUA no Fed.

A ata descreveu a queda do último mês como dura, mas temporária. Contudo, "essa redução nas reservas do sistema bancário não parece ter nenhum efeito sobre os fundos de mercado federais", de acordo com o administrador de portfólio do Fed, que fez uma apresentação durante a última reunião.

A taxa dos fundos federais subiu levemente para 0,03 por cento - ou 3 pontos base - acima do teto do intervalo da meta. "Essa diferença permaneceu em 3 pontos base durante a maior parte do período e deve diminuir para 2 pontos base em um futuro próximo", apontou a ata.

No fim de setembro, a diferença entre os IOER e a taxa média diária dos fundos do Fed caiu para 2 pontos base antes de uma nova expansão para 3 pontos base.

(Por Jonathan Spicer e Richard Leong)