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Nestlé tem alta de vendas no 3º tri, mas saída de diretora para Ásia ofusca resultado

Silke Koltrowitz e John Revill

18/10/2018 11h23

ZURIQUE (Reuters) - A chefe para Ásia da Nestlé, Wan Ling Martello, tirou o brilho do crescimento de vendas da maior empresa de alimentos embalados do mundo ao anunciar neta quinta-feira que está deixando a companhia.

A companhia disse que está vendo um melhor momento na América do Norte e no segmento de nutrição infantil globalmente, conforme registrou crescimento de vendas de 2,9 por cento no terceiro trimestre, acima dos 2,6 por cento no segundo trimestre e em linha com as previsões da Reuters.

Os números da Nestlé foram ofuscados pela saída de Martello, que foi vice-presidente financeira da marca e, mais recentemente conduziu uma revitalização na região de rápido crescimento formada pela Ásia-Oceania-África (AOA) desde 2015. Quando a norte-americana deixar a empresa no final do ano, ela será substituída por Chris Johnson, que está na Nestlé há 35 anos e atualmente é chefe de recursos humanos e serviços corporativos do grupo.

A Zona AOA foi a região de maior crescimento da Nestlé durante o trimestre, com vendas orgânicas em alta de 4,4 por cento - ajudadas pelo crescimento mais rápido na China, onde a nutrição infantil e produtos de café tiveram bom desempenho. "Nossos negócios na China continuaram a crescer a um ritmo de um dígito", disse o presidente-executivo Mark Schneider em comunicado.

Enquanto isso, a região da América Latina viu crescimento orgânico positivo e acelerou o ritmo de vendas para cerca de 5 por cento no terceiro trimestre. "Apesar de um ambiente desafiador, o Brasil teve crescimento positivo no terceiro trimestre", afirmou a Nestlé no balanço.

O grupo suíço confirmou meta de crescimento de 3 por cento para este ano.

A rival Unilever relatou uma recuperação de receita do terceiro trimestre nesta quinta-feira, conforme foi capaz de repassar maiores custos de commodities aos consumidores. A francesa Danone disse na quarta-feira que a demanda mais baixa por alimentos para bebês na China e um boicote dos consumidores no Marrocos diminuíram o crescimento das vendas no terceiro trimestre.

(Por Silke Koltrowitz e John Revill)