Brasil realiza exercícios de combate aéreo com outros 13 países, incluindo EUA
Por Leonardo Benassatto
BASE AÉREA DE NATAL (Reuters) - As Forças Aéreas do Brasil e de outros 13 países, incluindo a dos Estados Unidos, realizam nesta semana exercícios de combate aéreo e de guerra não-convencional em Natal (RN) no chamado Cruzeiro do Sul Exercise (Cruzex), que conta com 100 aeronaves, incluindo caças F-16 da Guarda Nacional Aérea do Texas.
Também participam das manobras com aeronaves Canadá, Chile, França, Peru e Uruguai. Outros países atuam como observadores.
As aeronaves simularam cenários para preparar para potenciais eventos ao redor do mundo, incluindo operações de paz e de estabilidade, assim como fornecer apoio em missões de respostas humanitárias após desastres naturais.
Houve grande ênfase na guerra não-convencional no Cruzex realizado neste ano, com tropas usando paraquedas para saltar de aviões e descendo de helicópteros usando cordas.
“Nós já participamos de missões de paz, com meios terrestres, uma das mais conhecidas especificamente é o Haiti. Nós participamos da missão de paz no Líbano com meios navais, e já participamos com apoio em operações de paz só com aeronaves nossas de transporte. Em um futuro próximo, a projeção, caso seja necessário, é utilizar meios aéreos em missões de paz", disse o brigadeiro do ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, que dirige o exercício realizado pelo Brasil desde 2002.
A Venezuela, que participou do Cruzex com caças F-16 da última vez que as manobras foram realizadas em 2013, não contribuiu com nenhuma aeronave neste ano. Desta vez, o país enviou apenas observadores.
A base aérea de Natal desempenhou papel importante na cooperação militar do Brasil com os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, como base de reabastecimento para aviões que levavam tropas e equipamentos para o norte da África.
Em 1943, o então presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, se reuniu na base com o então presidente brasileiro, Getúlio Vargas, no caminho de volta de uma conferência com o primeiro-ministro britânico à época, Winston Churchill, em Casablanca.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle, em Brasília)
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