Petrobras deve receber mais de US$ 800 mi por venda de 37 campos
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras irá receber mais de US$ 820 milhões pela venda de 37 campos produtores de petróleo nas bacias de Campos e Potiguar, informou a petroleira nesta quarta-feira (28).
A maior parte do montante virá da cessão de 34 campos de produção terrestres na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, à empresa brasileira 3R Petroleum, por US$ 453,1 milhões.
Esse negócio foi autorizado na véspera pelo Conselho de Administração da companhia, e a assinatura do contrato está prevista para 7 de dezembro, quando deverão ser pagos 7,5% do valor total, ou US$ 34 milhões --o restante será acertado no fechamento da operação, já com os ajustes devidos.
Conforme a Petrobras, as 34 concessões são campos maduros em produção há mais de 40 anos, com ampla dispersão geográfica, localizados a cerca de 40 quilômetros ao sul da cidade de Mossoró (RN). Os campos foram reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é de cerca de 6.000 barris de petróleo por dia.
A outra transação anunciada pela estatal, de US$ 370 milhões, envolve a venda dos campos Pargo, Carapeba e Vermelho, o chamado Polo Nordeste, na Bacia de Campos, localizados em águas rasas na costa do Rio de Janeiro.
A compradora será a empresa de origem europeia Perenco. O contrato foi assinado nesta quarta-feira, com 20% do valor total, ou US$ 74 milhões, já pagos --o restante também fica para quando a transação for concluída.
Atualmente, o sistema de produção desses três campos é integrado e consiste em sete plataformas do tipo jaqueta fixa, com produção atual de cerca de 9.000 barris de petróleo por dia, que é exportada via plataforma de Garoupa (PGP-1), seguindo através de oleoduto para o continente até o terminal de Cabiúnas.
Segundo a Petrobras, tanto a 3R Petroleum quanto a Perenco passarão a operar os ativos a partir do fechamento do negócio, que está sujeito ao cumprimento das condições precedentes previstas no contrato de compra e venda, tais como a aprovação da reguladora ANP e a obtenção das novas licenças de operação pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A petroleira estatal também ressaltou que os acordos divulgados estão "em consonância com a sistemática para desinvestimentos" da companhia.
(Por José Roberto Gomes)
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