IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Airbus sonda mercado sobre jato para meados de 2019, dizem fontes

20/12/2018 12h06

Por Tim Hepher

PARIS (Reuters) - A Airbus está conversando com as companhias aéreas sobre uma versão de longo alcance de sua família de jatos de corredor único mais vendida, com o objetivo de lançá-la em meados de 2019, enquanto tenta se antecipar a um possível concorrente da Boeing, disseram fontes a par do assunto.

A pré-comercialização do chamado A321XLR ocorre quando a Boeing trabalha em uma aeronave totalmente nova para atender à demanda do segmento médio do mercado, no valor de centenas de bilhões de dólares, com uma decisão final sobre ambas as aeronaves prevista para 2019.

Um porta-voz da Airbus disse que a linha A321 "ainda tem muito potencial" e não quis comentar a estratégia do produto. Até agora, a Airbus manteve a Boeing sem saber como poderia responder aos seus planos de um novo avião de médio porte (NMA, na sigla em inglês) com 220 a 260 assentos.

Sem um design totalmente novo, a Airbus está tentando pressionar sua rival ajustando modelos lucrativos fora do segmento NMA, mas teve sucesso limitado com seu A330neo maior e está direcionando esforços onde tem mais vantagem.

Entre os alvos da Airbus, estão as principais companhias aéreas norte-americanas, que poderiam usar o A321XLR para atender rotas transatlânticas com assentos premium e que também serão atraídas pela Boeing para seu novo jato. Suas decisões podem influenciar o destino de ambos os projetos.

O A321XLR seria menos atraente para as companhias aéreas de baixo custo que não poderiam explorar a faixa extra sem abrir mão de parte de seu layout preferido de 240 assentos devido a limites estruturais.

A Boeing pretende definir um novo nicho do mercado de jatos com uma aeronave de cabine larga capaz de operar a um custo tão barato quanto os aviões de corredor único, como o A321 e seu próprio 737.

A disputa pelo mercado intermediário deve dominar a indústria de jatos comerciais no próximo ano. Analistas dizem que algumas questões permanecem sobre seu desempenho, enquanto a indústria também enfrenta um debate não resolvido sobre por quanto tempo os passageiros ficarão em fuselagens mais estreitas, conforme os jatos de médio alcance têm maior capacidade de realizar viagens dedicadas a jatos de longa distância.

(Por Tim Hepher)