Deputado apresenta projeto para preservar emprego de funcionários da Eletrobras em caso de privatização
SÃO PAULO (Reuters) - O deputado Lindomar Garçon (PRB-RO) apresentou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa proteger os postos de trabalho dos empregados da Eletrobras em caso de privatização da estatal, , informou a Agência Câmara de Notícias nesta quinta-feira.
Conforme o projeto, os empregados da Eletrobras, inclusive os em estágio probatório à época da venda, poderiam ser lotados em outras empresas públicas, na esfera do governo federal, em sociedades de economia mista ou ter a opção de permanecer nos quadros da empresa compradora, mantendo os direitos adquiridos.
Os planos de privatização da Eletrobras foram anunciadas ainda em 2017, mas o tema foi praticamente arquivado neste ano. Mas a expectativa é que o assunto tenha andamento no governo de Jair Bolsonaro, cujo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, defende uma agenda mais liberal.
Em agosto, a Reuters noticiou que grandes fundos e investidores continuam de olho na possível venda da Eletrobras.
Pela proposta, que tramita em caráter conclusivo --ou seja, sem necessidade de apreciação pelo plenário da Câmara, sendo votada apenas em comissões -- os contratos firmados pela União com as empresas adquirentes deverão contar com cláusulas específicas referentes à manutenção de postos de trabalho, com garantia de estabilidade e preservação de direitos e condições de trabalho.
À Agência Câmara, Lindomar Garçon disse que a medida impedirá que um número significativo de trabalhadores fique sem emprego em razão de uma decisão do governo pela desestatização.
"A manutenção desses postos também terá alto impacto na realidade econômica das regiões afetadas", afirmou.
A Eletrobras deve concluir nesta semana a venda de mais uma distribuidora de energia, a Ceal, que opera em Alagoas --o leilão está programado para sexta-feira. Outras unidades já foram vendidas neste ano.
Às 14:18, as ações preferenciais da Eletrobras subiam 4,4 por cento enquanto as ordinárias avançavam 5,1 por cento.
(Por José Roberto Gomes)
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