Conselho da Embraer ratifica acordo para aliança com a Boeing
A fabricante brasileira de aeronaves Embraer informou que seu conselho de administração ratificou nesta sexta-feira (11) os termos do acordo celebrado em dezembro pela companhia para uma aliança com a norte-americana Boeing.
A decisão veio um dia após o governo do presidente Jair Bolsonaro ter anunciado que abriu mão do direito de veto que possui na Embraer para questões estratégicas.
Em fato relevante, a Embraer afirmou que o conselho autorizou a celebração do "Master Transaction Agreement", que contém os termos e condições para a parceria na aviação comercial. Esse acordo prevê a criação de uma joint venture (empreendimento conjunto) que vai incorporar a área de aviação comercial da Embraer, que terá 20% do negócio, enquanto os 80% restantes serão da Boeing.
O conselho da empresa brasileira também aprovou o "Contribution Agreement", que prevê a criação de outra joint venture, esta para cuidar das atividades do avião cargueiro KC-390, na qual a Embraer terá uma participação de 51%, enquanto a Boeing terá os 49% remanescentes.
O acordo anunciado em julho teve os termos aprovados em dezembro pelas diretorias das duas empresas.
Acordo ainda precisa de aprovações
Para que a operação seja consumada ainda é preciso aprovação dos acionistas em assembleia geral extraordinária e de autoridades concorrenciais brasileira (Cade), dos Estados Unidos e de outras jurisdições aplicáveis.
A norte-americana Boeing informou na véspera que, se as aprovações do acordo com a Embraer ocorrerem no prazo previsto, a transação deve ser concluída até o final deste ano.
(Por Aluísio Alves; edição de Raquel Stenzel)
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