Telefônica Brasil vê potencial para elevar receitas e melhora de margens em 2019
Por Gabriela Mello
SÃO PAULO (Reuters) - A Telefônica Brasil vê potencial para crescimento de receitas e melhora de margens em 2019, apoiada em esforços de digitalização para maior eficiência de custos e migração de mais clientes para tecnologias mais avançadas, disseram nesta quarta-feira executivos da operadora que opera sob a marca Vivo.
"Ainda vemos grande potencial de crescimento na receita. No móvel, o (desempenho do) pós-pago segue sólido e a penetração de 4G está crescendo", afirmou o presidente da companhia, Christian Gebara, em entrevista a jornalistas sobre o balanço do quarto trimestre.
Nesta manhã, a operadora que opera sob a marca Vivo no país divulgou lucro líquido de quase 1,5 bilhão de reais no quarto trimestre, elevando o resultado consolidado do ano passado a 8,9 bilhões de reais, um recorde histórico e 93,7 por cento maior ante 2017, com melhora no desempenho operacional e efeitos não recorrentes.
Para 2019, o executivo ressaltou que a Telefônica Brasil vê cenário positivo para o mercado de telecomunicações, apesar do aumento na competitividade. "Estamos otimistas sobre a economia", disse Gebara, citando espaço para reajuste de preços.
No ano passado, a Telefônica Brasil elevou os preços no segmento pós-pago em setembro e dezembro. "O mercado está muito competitivo, mas vemos oportunidade para sermos racionais e aumentarmos os preços e esperamos que a concorrência siga", explicou, destacando o segmento pré-pago.
Além das receitas, outro fator que deve contribuir para a melhora das margens em 2019 é a eficiência de custos decorrente da automação de serviços, acrescentou o diretor presidente.
Segundo ele, a Telefônica Brasil continuará focada em ampliar a cobertura 4G, 4.5G e fibra FTTH. "Os planos seguem vigentes, mas não posso especificar cidades e números", afirmou Gebara. Em dezembro, a companhia havia chegado a mais de 3 mil cidades com a rede 4G e mais de mil com 4.5G.
Questionado sobre a possibilidade de leilão de espectro para 5G, o executivo ressaltou que o ecossistema ainda não está adaptado para a tecnologia. "Não vemos urgência para leilão de 5G no Brasil porque existe ainda um grande caminho para aumento da cobertura de 4G e 4.5G", disse o diretor presidente.
Gebara ainda citou expectativa positiva sobre a aprovação pelo Congresso nos próximos meses do projeto de lei 79 que atualiza a Lei Geral de Telecomunicações.
As ações da Telefônica Brasil devolveram os ganhos observados mais cedo e recuavam cerca de 0,3 por cento por volta das 12:38 (horário de Brasília), cotadas a 48,50 reais.
Em relatório, analistas do Credit Suisse consideraram o balanço do quarto trimestre "ligeiramente negativo" e destacaram a desaceleração do Ebitda, além de cautela sobre o crescimento do mercado de telefonia móvel devido à concorrência acirrada. "Nós observamos que qualidade dos resultados veio levemente mais fraca que o esperado", escreveram.
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