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Brasil tem superávit comercial de US$3,673 bi em fevereiro, segundo melhor para o mês

01/03/2019 15h26

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou superávit comercial de US$ 3,673 bilhões em fevereiro, divulgou o Ministério da Economia nesta sexta-feira (1°), segundo melhor da série histórica para o mês.

Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de saldo positivo de US$ 3 bilhões para o mês.

As importações alcançaram US$ 12,620 bilhões, o que representa uma queda de 21,2% nas importações sobre igual etapa do ano passado, pela média diária.

Já as exportações somaram US$ 16,293 bilhões no período, enquanto, em uma retração de 15,8% sobre o mesmo período de 2018.

Contudo, o saldo ainda foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1989 para meses de fevereiro, perdendo apenas para 2017, quando o resultado ficou no azul em US$ 4,555 bilhões.

No primeiro bimestre de 2019, o saldo das trocas comerciais brasileiras é positivo em US$ 5,865 bilhões, um avanço de 0,7% sobre igual intervalo do ano passado.

A balança comercial brasileira deve ficar positiva em US$ 51 bilhões neste ano, abaixo do patamar de US$ 58,3 bilhões em 2018, segundo pesquisa Focus mais recente, feita pelo Banco Central junto a uma centena de economistas.

O Ministério da Economia ainda não divulgou sua expectativa para o desempenho anual.

A provável piora na performance das trocas comerciais vem por conta da expectativa de uma aceleração maior no ritmo de importações que das exportações, embaladas por um melhor desempenho da economia.

No ano passado, a atividade econômica mostrou expansão de apenas 1,1%, conforme número divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na véspera, com o desempenho no final do ano mostrando desaceleração, em um resultado que mostra a dificuldade de recuperação da economia.

Para este ano, a previsão dos economistas é de alta de 2,48% do PIB (Produto Interno Bruto), conforme boletim Focus mais recente.

Destaques

Em fevereiro, as importações registraram queda em todas suas categorias. A principal retração em relação ao mesmo mês do ano passado foi dos bens de capital, com redução de 61,9% nas compras. Em seguida vem combustíveis e lubrificantes (-34,3%), bens de consumo (-11,4%) e bens intermediários (-2,9%).

Já no caso das exportações, houve queda nos manufaturados de 32,3%, a US$ 5,956 bilhões. As vendas de semimanufaturados caíram 21,2%, a US$ 1,974 bilhões.

Por outro lado, a exportação de produtos básicos cresceu 10,2%, a US$ 8,363 bilhões.

(Por Mateus Maia)

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