Tarifas e paralisação do governo dos EUA pesam sobre economia ainda em crescimento, diz Fed
Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - Uma desaceleração no crescimento global e a paralisação parcial de 35 dias no governo dos Estados Unidos pesaram sobre a economia norte-americana nas primeiras semanas de 2019, mas ela continuou crescendo em meio a um mercado de trabalho ainda apertado, informou o Federal Reserve nesta quarta-feira.
"A atividade econômica continuou a se expandir no fim de janeiro e fevereiro", ainda que preocupações tenham surgido no banco central norte-americano sobre uma possível desaceleração, disse o Fed em seu relatório regular "Livro Bege", feito a partir de contatos empresariais e industriais ao redor do país.
O ritmo de crescimento foi "ligeiro a moderado" em 10 dos 12 distritos do Fed, com os bancos centrais da Filadélfia e St. Louis reportando "condições econômicas estáveis".
Ainda assim, o tom do Livro Bege, no geral, pode aliviar algumas das preocupações sobre o crescimento na economia real que levou o Fed a fazer uma pausa em seu ciclo de aumentos na taxa de juros em janeiro após uma correção acentuada nos mercados financeiros e outros riscos que começaram a aumentar no fim do ano passado.
Condições mais apertadas de crédito foram citadas como prejudiciais ao gasto dos consumidores e preocupações sobre tarifas continuaram a pesar na avaliação de alguns executivos e reduzir lucros à medida que os custos de produção crescem mais do que podem ser repassados a consumidores. A paralisação do governo "levou à atividade econômica mais lenta em alguns setores" incluindo manufatura, varejo e imobiliário, em metade dos distritos do Fed.
O comitê de política monetária do Fed deverá se reunir dentro de duas semanas para tomar nova decisão sobre a taxa de juros, sob ampla expectativa de manter os custos de empréstimos inalterados, em linha com a estratégia "paciente" que descreveu em janeiro.
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