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Fachin prorroga por 1 mês inquérito que investiga Rodrigo Maia por suposta propina da Odebrecht

24/04/2019 15h48

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 30 dias um inquérito que investiga o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o pai dele, o vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM), por corrupção e lavagem de dinheiro por suposto recebimento de propina para beneficiar a Odebrecht.

Fachin concedeu um prazo menor do que os 60 dias requeridos pela Procuradoria-Geral da República para concluir as diligências pendentes.

"Estando o prosseguimento das investigações fundamentado nas linhas apuratórias remanescentes, defiro dilação", disse o ministro do STF, no despacho. "Remetam-se imediatamente os autos à Polícia Federal, a quem concedo o prazo de 30 (trinta) dias para o término dessas medidas, sem prejuízo de outras que se afigurem relevantes ao desate da hipótese criminal. Findo o prazo, determino sejam os autos restituídos a esse gabinete, com relatório minudente", concluiu.

Há duas semanas, Dodge tinha pedido a Fachin prorrogação do inquérito com base no relatório policial e a necessidade de cumprir diligências pendentes, como ouvir novamente executivos da empreiteira e obter registros de histórico de ligações telefônicas entre Rodrigo Maia, César Maia e um suposto intermediador do pagamento de propinas.

Na ocasião, foi divulgada uma perícia feita pela Polícia Federal em arquivos da Odebrecht que apontara pagamento no valor de 1,45 milhão de reais tendo como beneficiários o presidente da Câmara e César Maia (DEM), segundo documentos encaminhados ao ST. Logo após as informações serem divulgadas, a assessoria de Rodrigo Maia foi procurada, mas não respondeu. O presidente da Câmara sempre negou ter cometido irregularidades em relação à Odebrecht.