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Gastos do consumidor dos EUA registram em março maior ganho desde 2009

29/04/2019 09h46

WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores norte-americanos aumentaram no maior ritmo em mais de nove anos e meio em março, mas as pressões sobre os preços continuaram fracas, com a principal medida de inflação do país registrando seu menor avanço anual em 14 meses.

O Departamento de Comércio informou nesta segunda-feira que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,9 por cento, uma vez que as famílias intensificaram as compras de veículos e gastaram mais em saúde.

Os gastos do consumidor subiram 0,1 por cento em fevereiro. Os dados de janeiro foram revisados para mostrar que os gastos aumentaram 0,3 por cento, em vez do ganho divulgado anteriormente de 0,1 por cento.

A divulgação dos dados de gastos de fevereiro foi adiada por uma paralisação parcial de cinco semanas do governo federal que terminou em 25 de janeiro. Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos do consumidor saltariam 0,7 por cento em março.

Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor aumentaram 0,7 por cento em março. O chamado gasto real do consumidor permaneceu inalterado em fevereiro.

Os dados foram incluídos no relatório do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre divulgado na sexta-feira passada. O aumento de março nos gastos reais do consumidor sugeriu uma aceleração no consumo no segundo trimestre. Os gastos dos consumidores aumentaram a uma taxa anualizada de 1,2 por cento no primeiro trimestre, a mais lenta em um ano.

A economia cresceu a uma taxa de 3,2 por cento no último trimestre.

Em março, os gastos com produtos se recuperaram em 1,7 por cento, com os gastos com produtos manufaturados duráveis, como os carros, subindo 2,3 por cento. Os gastos com serviços aumentaram 0,5 por cento no mês passado, impulsionados pelos gastos com saúde.

As pressões inflacionárias foram benignas em março. O índice de preços PCE excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia permaneceu inalterado após subir 0,1 por cento em fevereiro.

Isso reduziu o aumento na comparação anual do chamado índice do PCE para 1,6 por cento, o menor aumento desde janeiro de 2018, de 1,7 por cento em fevereiro.

O núcleo do índice PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve. Ele atingiu a meta de inflação de 2 por cento do banco central dos EUA em março do ano passado pela primeira vez desde abril de 2012. As autoridades do Fed se reúnem na terça e quarta-feiras para avaliar a saúde da economia e deliberar sobre o futuro da política monetária.

(Por Lucia Mutikani)