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BC dos EUA mantém juros após dados positivos e apesar de críticas de Trump

Howard Schneider e Jason Lange

01/05/2019 15h38Atualizada em 01/05/2019 16h11

WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve manteve a taxa de juros nesta quarta-feira. Membros do banco central dos Estados Unidos se animaram com os números de emprego no país e com o crescimento econômico, mantendo a esperança de que a inflação subirá.

"O mercado de trabalho continua forte... a atividade econômica subiu a uma taxa sólida" nas últimas semanas, disse o Fed em comunicado, um dia depois de o presidente Donald Trump pedir redução das taxas em um ponto percentual e outras medidas para estimular a economia.

Os membros do Fed disseram que a economia está em boa forma, com o crescimento contínuo do emprego e da economia, e um eventual aumento da inflação é ainda "o cenário mais provável", com a expansão dos EUA chegando a 10 anos.

No fim da reunião de dois dias, o Fed também cortou o juro que paga a bancos sobre as reservas excedentes de 2,4% para 2,35%, em um esforço para garantir que sua principal taxa de empréstimo overnight permaneça dentro da faixa alvo atual.

A principal preocupação sinalizada na declaração de política é o nível atualmente "silencioso" de inflação, que continua a ficar aquém da meta de 2% do Fed. A declaração sugere que um declínio recente na inflação pode ser mais persistente do que o esperado, e não deve mais ser culpada simplesmente pela queda nos preços da energia.

Os dados mais recentes mostraram inflação de cerca de 1,5% anualizada, o que seria um problema se significasse que as famílias e as empresas têm dúvidas sobre a força da economia e estavam menos dispostas a gastar e investir.

Entre isso e uma economia global mais fraca, o Fed reiterou que será "paciente" na decisão sobre quaisquer outras mudanças na taxa de juros, que ficou na faixa de 2,25% a 2,50%.

Não houve indicação na declaração de política monetária do Fed de que um corte ou aumento da taxa esteja em jogo tão cedo.

O Fed aumentou as taxas quatro vezes em 2018 e, em dezembro, antecipou novos aumentos nos custos de empréstimos este ano. No início deste ano, interrompeu a campanha diante das preocupações com dados fracos nos Estados Unidos e no exterior.

A decisão política foi unânime, um sinal de que o Fed segue firme na promessa de manter a taxa de juro inalterada até que dados econômicos deem razão convincente para fazer o contrário.