Braskem tem queda de 2% no lucro do 1º tri
SÃO PAULO (Reuters) - A petroquímica Braskem lucro praticamente estável no primeiro trimestre, com uma melhora moderada no Brasil sendo ofuscada por piora dos spreads petroquímicos no mercado global.
A companhia anunciou nesta quarta-feira que teve líquido de 1,028 bilhão de reais no período, uma queda de 2 por cento ante mesma etapa de 2018.
O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado somou 2,774 bilhões de reais, um avanço de 5 por cento ano a ano. O Ebitda recorrente desabou 60 por cento no comparativo anual.
"O primeiro trimestre se mostrou desafiador em razão dos menores spreads petroquímicos no mercado internacional, dada a revisão de crescimento da economia global para o ano de 2019", afirmou em nota o presidente da Braskem, Fernando Musa.
A receita líquida da empresa, que é alvo de aquisição da europeia LyondellBasell, ficou estável no período, a 12,98 bilhões de reais, mas o custo com produtos vendidos subiu 9 por cento, a 11,2 bilhões.
A demanda de resinas no Brasil foi de 1,4 milhão de toneladas, 4,2 por cento maior contra um ano antes.
A taxa de utilização das fábricas no Brasil foi de 88 por cento no primeiro trimestre, queda de dois pontos percentuais ano a ano, impactada por problemas operacionais. A taxa de utilização das plantas nos EUA e na Europa foi de 90 por cento, também inferior em função de paradas não programadas.
De janeiro a março, a Braskem exportou do Brasil, 356 mil toneladas de resinas, alta sequencial de 16 por cento. Mas a exportação dos principais produtos químicos produzidos no Brasil, de 194 mil toneladas, caiu 10 por cento sobre o trimestre anterior, influenciado pelo menor volume de gasolina.
No fim de março, a alavancagem financeira da Braskem medido pela relação dívida líquida/Ebitda era de 2,09 vezes, ante índice de 1,98 vez 12 meses antes.
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