Mercado monitora Previdência e exterior e leva dólar a maior queda desde 1º de abril
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve a maior queda ante o real em mais de um mês nesta quarta-feira, um dia depois de superar a marca dos 4 reais.
O ambiente externo menos arisco, sinais de maior esforço do governo em torno da reforma da Previdência explicaram a queda.
O real teve o melhor desempenho entre 33 pares do dólar na sessão. O dólar à vista
Na mínima, a cotação recuou a 3,9261 reais, queda de 1,09 por cento.
Na B3, a referência do dólar futuro
Investidores acompanharam a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da comissão especial da Câmara dos Deputados sobre reforma previdenciária. O maior envolvimento do presidente Jair Bolsonaro para conquistar mais votos para a proposta reverberou no mercado.[nL2N22K0L7]
Na véspera, o Bolsonaro aceitou recriar os ministérios das Cidades e Integração Nacional, o que foi entendido como um afago ao Centrão. [nL2N22J1WS]
"Estamos longe de achar que vão aprovar a reforma logo, mas esses movimentos deram ao mercado a impressão de que o governo está realmente mais engajado na articulação política", disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.
Analistas aguardam agora sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciará em breve sua decisão para a Selic. A expectativa é que a taxa seja mantida em 6,50 por cento, mas alguns analistas voltaram a citar chances de corte da taxa nos próximos meses.
Em outubro de 2016, a Selic estava em 14,25 por cento ao ano. O tombo de 775 pontos-base na taxa básica desde então é citado por profissionais do mercado como um dos fatores para a desvalorização cambial de 19,4 por cento do período, uma vez que reduziu o diferencial de retornos entre o Brasil e o mundo, deixando o mercado local menos atrativo para fluxo estrangeiro.
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