Bolsonaro diz esperar aprovação de MP da reforma administrativa e defende nova Previdência
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que espera que a Medida Provisória 870, que faz a reforma administrativa, seja aprovada pelo Congresso na semana que vem sem alterações e também fez uma defesa da necessidade de reformar a Previdência.
"Na semana que vem está prevista a votação da Medida Provisória 870, que trata da reestruturação do governo. A gente espera que ela seja aprovada sem alterações. Se tiver, a responsabilidade --não só a responsabilidade como um direito-- é do Parlamento", disse Bolsonaro, que está em Dallas, onde recebeu homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
"A gente espera que o Coaf siga na Justiça, que nenhum novo ministério seja criado para evitar aumento de despesas. A gente espera que isso aconteça. Agora, o Parlamento é soberano para alterar, ou não, e o que for feito lá nós respeitaremos", disse na transmissão ao vivo que faz semanalmente em rede social.
A MP 870 tirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia e colocou sob comando do Ministério da Justiça. A medida também reduziu o número de ministérios.
O parecer aprovado pela comissão mista que analisou a MP determinou a volta do Coaf para a Economia e o desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Regional em duas pastas --Integração Nacional e Cidades.
A MP precisa ser aprovada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado até o dia 3 de junho, caso contrário perderá validade. Há cinco MPs na frente da 870 na Câmara. Caso a medida caduque, todas as alterações feitas pela MP --como a extinção e fusão de ministérios-- perderá validade.
OPORTUNIDADE DE OURO
Na transmissão, Bolsonaro também voltou a defender a reforma da Previdência, medida apontada pela equipe chefiada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como crucial para equilíbrio das contas públicas e retomada do crescimento da economia e dos investimentos.
"Dependemos e muito da reforma da Previdência. É uma oportunidade de ouro que temos de realmente mostrar para o mundo e para o Brasil também que queremos responsabilidade em nossas despesas. Não podemos gastar mais do que arrecadamos", disse o presidente, que disse que a economia brasileira está indo mal, como reflexo de coisas erradas feitas no passado.
(Por Eduardo Simões)
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