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Maia ainda tenta inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência

24.jan.2018 - O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Por Maria Carolina Marcello
24.jan.2018 - O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) Imagem: Por Maria Carolina Marcello

02/07/2019 18h09

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira que persiste na busca por um acordo que inclua os servidores de Estados e municípios no texto da reforma da Previdência, embora não a considere uma tarefa simples.

Apesar do complemento de voto do relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), deixar Estados e municípios fora do texto, Maia disse que, havendo acordo, há possibilidade de alteração do voto na quarta-feira, antes do início da votação do parecer na comissão especial.

“A gente está tentando construir um caminho. Ainda não encontramos, ainda temos até a comissão amanhã, que é mais difícil, e o plenário na próxima semana, se tudo der certo”, disse o presidente da Câmara a jornalistas.

“Política é a arte de dialogar, ter paciência, e é isso que a gente está fazendo. E isso que a gente tem que fazer até o último minuto, com a compreensão que é importante incluir os governadores”, acrescentou.

Para Maia, “não parece simples” resolver a questão dos entes federativos até a quarta-feira. Segundo ele, há um texto que interessaria aos governadores, que “precisaria ser colocado pelo relator, talvez a gente perca essa oportunidade”.

Maia avaliou ainda que uma recuperação do texto original da proposta seria uma saída até a votação em plenário.

Maia disse ainda que o complemento de voto de Moreira deve implicar em uma economia da ordem de 940 bilhões de reais com a reforma, valor próximo aos cerca de 1 trilhão de reais desejados pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O presidente da Câmara também aproveitou para defender a busca por um acordo intermediário para alterar as regras de aposentadoria para policiais federais, desde que o acerto não tenha impacto significativo na economia a ser gerada pela reforma.

Parte da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, identifica-se com a categoria policial e tem demandado flexibilizações das regras previdenciárias para esse grupo. Segundo Maia, até a manhã de quarta-feira deve ser discutida uma saída para a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

“O que se pede, eu acho que é muito difícil que o relator possa acatar, mas um acordo intermediário, que tenha um custo pequeno para a economia do projeto, acho que vale a pena estudar até o dia de amanhã, até a hora da votação”, afirmou.

O presidente da Câmara confirmou ainda que há um acordo, entre boa parte dos partidos que defendem a reforma, para que não haja a apresentação de destaques para votação separada de emendas ao texto. Restaria convencer o PSL a desistir de destaques envolvendo a causa das categorias da segurança pública.