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Relator da Previdência adia apresentação de parecer à CCJ e calendário pode sofrer alterações

A presidente da CCJ, Simone Tebet, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o relator da reforma na CCJ, Tasso Jereissati - Valter Campanato/Agência Brasil
A presidente da CCJ, Simone Tebet, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o relator da reforma na CCJ, Tasso Jereissati Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Por Maria Carolina Marcello

Em Brasília

22/08/2019 19h29

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), informou que não irá apresentar seu parecer sobre a proposta amanhã, como previsto, o que pode atrasar a tramitação em quatro ou cinco dias.

Jereissati explicou que precisará do sábado e do domingo para trabalhar no relatório, e ainda utilizará o início da próxima semana para conversas com senadores. "Vou passar provavelmente esse final de semana todo trabalhando", disse o senador. "Não vai dar para protocolar (na sexta-feira)."

A expectativa era que o relator apresentasse na sexta seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, de forma a fazer a leitura do relatório na próxima quarta.

Mas nem mesmo isso está garantido, já que é exigido um intervalo regimental entre o protocolo do parecer e sua leitura.

"(A leitura na quarta-feira) vai depender porque existe um período mínimo, se não me engano de 48 horas, entre a apresentação do relatório e a leitura?, explicou.

Tasso evitou marcar um dia para a entrega do relatório, mas garantiu que ocorrerá na próxima semana "com certeza".

A mudança na data de apresentação do parecer pode resultar em - no máximo quatro ou cinco dias de diferença - na tramitação da proposta na CCJ. Tasso evitou falar em prazo de votação no plenário do Senado.

Ponderou, no entanto, que dependerá do conjunto de senadores, e considerou viável que se mantenha a previsão de conclusão da tramitação da PEC na Casa na primeira semana de outubro.

O relator voltou a dizer que não deve promover alterações no "coração" da reforma, e que eventuais mudanças ocorrerão por meio da PEC paralela.

Tasso considerou ainda que a indicação de Eduardo, filho do presidente Jair Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos pode contaminar a discussão da Previdência.

"Acho que pode radicalizar as discussões aqui, nascerem ressentimentos", disse a jornalistas.

"Não é o clima ideal pra uma reforma complexa como essa."