Operadora de grãos Gavilon dispensa executivos nos EUA, dizem fontes
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de commodities norte-americana Gavilon, pertencente à japonesa Marubeni, dispensou ao menos dois executivos seniores, segundo duas pessoas familiarizadas ao assunto, em meio a uma reorganização que já afetou a unidade da empresa no Brasil neste ano.
A mudança na Gavilon é a mais recente correção de curso na região para a Marubeni, uma das diversas comercializadoras de grãos norte-americanos que enfrentam dificuldades devido à guerra comercial dos Estados Unidos com a China e às históricas enchentes em Estados do Meio-Oeste.
A Columbia Grain Trading, outra unidade da Marubeni nos EUA, interrompeu as vendas de soja para a China em julho por causa das perdas causadas pela guerra comercial. Acredita-se que a suspensão visava reduzir a exposição da Marubeni ao risco.
Kevin Lewis, diretor financeiro da Gavilon nos EUA, e Tasso Sideris, vice-presidente e diretor geral de Agricultura Global, foram dispensados pela empresa, disseram as fontes, que pediram por anonimato pois o assunto não é público.
As razões para as saídas não foram imediatamente esclarecidas. Lewis e Sideris não responderam a pedidos por comentários enviados via LinkedIn.
O escritório da Gavilon nos EUA e o da Marubeni no Japão se recusaram a comentar sobre as alterações.
Uma das fontes disse que Jeremy Koeppe, vice-presidente de Finanças, também deixou a companhia. A outra fonte afirmou que outros executivos também saíram, mas não forneceu detalhes.
Koeppe não respondeu a um pedido por comentários no LinkedIn.
Em maio, a Gavilon do Brasil dispensou três executivos, incluindo Fabrício Mazaia, gerente-geral da empresa no país, que segundo as fontes reportava-se a Tasso Sideris.
Mazaia disse à Reuters nesta quarta-feira que sua saída não teve nenhuma relação com a dispensa dos outros executivos, mas recusou-se a elaborar.
Em abril, Steven Zehr foi nomeado CEO do Gavilon Group, sendo o terceiro líder da empresa em pouco mais de três anos.
(Reportagem de Ana Mano, com reportagem adicional de Aaron Sheldrick em Tóquio)
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