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Não há nada concreto sob uso das Forças Armadas em Serra Pelada, diz porta-voz

"De concreto não temos nada nesse sentido", afirmou general Otávio Rêgo Barros - Anderson Riedel/PR
'De concreto não temos nada nesse sentido', afirmou general Otávio Rêgo Barros Imagem: Anderson Riedel/PR

Lisandra Paraguassu

Da Reuters, em Brasília

01/10/2019 21h02

O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que não existe nada de concreto sobre a possibilidade de enviar as Forças Armadas para garantir a exploração de minério em Serra Pelada, como chegou a dizer o presidente Jair Bolsonaro a garimpeiros na manhã de hoje.

"Ele não fez nenhum comentário nesse sentido. Entendo que o fato de interagir com os garimpeiros possa lhe ter permitido esboçar algumas ideias, mas de concreto não temos nada nesse sentido", disse o porta-voz ao ser questionado sobre a fala do presidente.

Um grupo de garimpeiros da cooperativa que hoje ainda explora Serra Pelada tentou e conseguiu falar com o presidente pela manhã. Ao chegar no Planalto e ser informado que o grupo tentava ser recebido, o presidente saiu e conversou com eles em frente ao Palácio.

O grupo pediu uma intervenção dos militares em Serra Pelada, ao que Bolsonaro respondeu que se tiver amparo legal atenderia o pedido.

"Não é de agora que o presidente vem demonstrando preocupação com as questões da província mineral tão extensa que é a da região amazônica. Estuda, desde os seus tempos de deputado, e agora, como líder do Poder Executivo, tem a possibilidade de tornar clara à sociedade as potencialidades que aquela região possui", disse o porta-voz ao comentar as declarações do presidente.

Rêgo Barros reforçou que ao tratar do uso das Forças Armadas na região, isso teria que ser feito com base legal.

"Não há, de fato, neste momento, estudos mais aprofundados no tocante a esse emprego das Forças Armadas, e caso isso venha a ocorrer, estará adstrito, como sempre, aos preceitos legais da nossa legislação", afirmou.