Trabalhadores franceses votam por paralisar produção em importante refinaria da Total
Por Sudip Kar-Gupta e Bate Felix
PARIS (Reuters) - Sindicatos de trabalhadores franceses votaram nesta segunda-feira pela paralisação da produção de uma importante refinaria que abastece Paris e região, o que deve dar impulso adicional a uma greve nacional contra reformas do governo.
Ações contra a reforma do sistema de pensões do presidente Emmanuel Macron, que descartaria regimes especiais para setores como o ferroviário e levaria as pessoas a trabalhar até os 64 anos para obter aposentadoria integral, têm prejudicado os serviços de trem nas últimas duas semanas, levando a confrontos entre manifestantes e policiais no início desta segunda-feira.
A produção na refinaria de petróleo Grandpuits, da Total, a sudeste de Paris, será interrompida como resultado de uma votação dos trabalhadores do sindicato CGT.
"Foi tomada a decisão de suspender Grandpuits, mas com uma pequena maioria. A administração pediu uma hora de reflexão", disse uma autoridade do sindicato da CGT.
A Grandpuits já estava produzindo com capacidade mínima antes da votação do sindicato devido à greve, o que tem impedido a entrega de produtos refinados da unidade, disse a Total.
A votação contrastou com uma mensagem tranquilizadora que o Ministério da Energia da França enviou nesta segunda-feira, segundo a qual o fornecimento de combustível aos postos de gasolina está normal, apesar da movimentação do sindicato CGT em prol da interrupção da produção em refinarias.
O sindicato CGT, de linha mais radical, tem estado à frente de protestos e paralisações nacionais de trabalhadores contra as reformas do governo, que chegaram ao 19° dia. O sindicato disse que não haverá trégua no Natal e acelerará sua movimentação, principalmente no setor de petróleo.
Os trabalhadores do setor querem fechar refinarias para intensificar a greve e forçar o governo a recuar da reforma no sistema de pensões.
(Por Sudip Kar-Gupta, Bate Felix e Antony Paone)
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