Bancos e Petrobras pressionam 3º queda seguida, mas Ibovespa segue no azul em 2020
A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda pela terceira sessão seguida nesta terça-feira, pressionada pelo declínio de ações de bancos e da Petrobras, tendo de pano de fundo um ambiente externo com agentes financeiros ressabiados diante da tensão entre Estados Unidos e Irã.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,18%, a 116.661,94 pontos. O Ibovespa não registrava três quedas seguidas desde o começo de outubro de 2019. Apesar da queda de 1,61% acumulada em tal período, o saldo em 2020 está ainda positivo, com acréscimo de 0,88%.
O volume financeiro do pregão somou 20,2 bilhões de reais.
Agentes de mercado têm apontado a resistência do Ibovespa a cair mais, considerando o noticiário externo e a forte alta das ações brasileiras em 2019 - quando o Ibovespa acumulou valorização de mais de 30%.
O analista Raphael Figueredo, sócio na Eleven Financial, postou no Twitter que o Ibovespa está tendo todas as chances para uma forte realização de lucros, mas tal movimento não está acontecendo. "Já vi o Ibovespa despencar por muito menos", disse, atribuindo a resiliência à tendência de alta da bolsa.
No exterior, Wall Street experimentou uma sessão sem tendência definida, conforme permanece a expectativa para o desfecho da crise envolvendo os Estados Unidos e Irã, após um ataque norte-americano em Bagdá matar um importante comandante do exército iraniano.
O S&P 500 encerrou com decréscimo de 0,28% e o Dow Jones cedeu 0,42%, enquanto o Nasdaq caiu 0,03%.
"Ainda há incerteza considerável sobre o que acontecerá em seguida entre os EUA e o Irã e estamos monitorando o risco de escalada", afirmou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa do London Capital Group, em nota a clientes.
Destaques
- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 2,32% e BRADESCO PN cedeu 1,74%, em sessão negativa para bancos. BTG PACTUAL, porém, reverteu as perdas e subiu 1,04%.
- PETROBRAS ON caiu 1,36% e PETROBRAS PN perdeu 0,39%, em linha com a baixa nos preços do petróleo após alta recente com aumento de tensões no Oriente Médio, dada a crise EUA-Irã, além de expectativa para oferta de ações da companhia detidas pelo BNDES.
- CEMIG PN fechou em alta de 3,66%, diante da possível venda de participação na transmissora de energia Taesa, conforme reportagem do Valor Econômico. Em comunicado, a Cemig disse que ainda não tomou nenhuma decisão.
- MARFRIG ON valorizou-se 3,07%, em sessão positiva para o setor de proteínas e após relatório do Santander Brasil, que elevou a recomendação da ação para 'compra' e o preço-alvo para 16 reais. No setor, JBS ON subiu 1,79%. MINERVA ON, fora do Ibovespa, avançou 4,58%.
- AZUL PN terminou com elevação de 3,31%, em meio à trégua na valorização dos preços do petróleo e dados sobre tráfego em dezembro, quando a demanda superou a oferta. GOL PN subiu 0,58%.
- ECORODOVIAS ON e CCR ON avançaram 2,24%, mesmo após resolução da Controladoria-Geral do Paraná que suspendeu temporariamente o direito de determinadas controladas das empresas de participarem de novas licitações e celebrar novos contratos com o governo paranaense.
- BRASKEM PNA encerrou em baixa de 2,6%, após três altas seguidas, período em que subiu quase 12%.
- VALE ON reverteu as perdas e subiu 0,73%, em dia de alta dos preços do minério de ferro na China, com o setor de mineração e siderurgia como um todo encerrando no azul. USIMINAS PNA avançou 0,96%, CSN ON ficou estável e GERDAU PN ganhou 1,57%.
- COMGÁS PNA disparou 12,36%, após o BNDES aprovar financiamento de 2 bilhões de reais para a distribuidora de gás natural paulista teve aprovado. Os recursos vão apoiar até 2021 o plano de investimentos da empresa do grupo COSAN ON, que subiu 1,8%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.