Bolsas dos EUA despencam, no 6º dia de queda, por temor do coronavírus
NOVA YORK (Reuters) - Os principais índices de Wall Street despencaram nesta quinta-feira (27), no sexto dia consecutivo de quedas, com o S&P 500 confirmando sua mais rápida correção da história, conforme a veloz disseminação do coronavírus intensificou preocupações de investidores com o crescimento econômico.
O índice Dow Jones desabou 1.190,95 pontos, baixa de 4,42%, para 25.766,64 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 4,42%, a 2.978,76 pontos, e o Nasdaq recuou 4,61%, a 8.566,48 pontos.
O S&P terminou o dia 12% abaixo da máxima recorde de fechamento de 19 de fevereiro, o que marca a mais rápida correção já registrada pelo índice —em apenas seis dias de negócios. O recorde anterior era de nove dias, visto no início de 2018, de acordo com o analista Howard Silverblatt.
O Dow, por sua vez, registrou uma perda recorde de pontos para um único dia, além do quarto declínio de 1.000 pontos da história —o segundo nesta semana.
Todos os três principais índices acionários dos Estados Unidos estão a caminho da queda percentual semanal mais acentuada desde a crise financeira mundial, conforme o número de novos casos de coronavírus detectados ao redor do mundo superou os registrados na China continental.
Embora as vendas tenham desacelerado por alguns instantes durante a sessão, as perdas do S&P 500 se aprofundaram rapidamente na última hora de negociações. O índice terminou o dia na mínima do pregão e com a maior queda percentual diária desde 18 de agosto de 2011.
"O caminho dessa praga é desconhecido, e dessa forma você não consegue saber o impacto econômico. Você pode jogar os dados, mas seria um chute", disse Brian Battle, diretor de Operações da Performance Trust Capital Partners em Chicago.
Peter Jankovskis, codiretor de Investimentos da OakBrook Investments, pregou mais cautela no pessimismo. "As pessoas deixaram de dizer que isso é um 'não evento' para dizer que é o fim do mundo. Há espaço para um meio-termo."
O índice de volatilidade da CBOE, também conhecido como o "índice do medo", fechou a sessão próximo à máxima do dia, avançando 11,60 pontos, para 39,16 pontos —nível mais alto desde fevereiro de 2018.
(Reportagem adicional de April Joyner, Lewis Krauskopf, Charles Mikolajczak, Caroline Valetkevitch e Stephen Culp em Nova York; Noel Randewich em San Francisco; Medha Singh e Shreyashi Sanyal em Bengaluru)
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