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Taesa revisa aportes para 2020 após postergação de gastos; lucro cai em 2019

13/03/2020 08h51

SÃO PAULO (Reuters) - A transmissora Taesa informou nesta sexta-feira que investirá entre 1,04 bilhão e 1,13 bilhão de reais em 2020, após realizar menos aportes do que o previsto em 2019, devido à postergação de alguns pagamentos por fatores diversos.

A companhia projetava investir entre 410 milhões e 450 milhões de reais em 2019, mas realizou investimentos de 314 milhões de reais.

Segundo a empresa, essa diferença é explicada, basicamente, pelos projetos: Janaúba, com postergação para 2020 do pagamento de parte de cabos condutores e retenção integral de pagamentos referente a serviços realizados em 2019 devido a pendências técnicas; Mariana, com redução das atividades em consequência das fortes chuvas no Estado de Minas Gerais; Sant’Ana, com postergação do pagamento das indenizações fundiárias.

Além disso, a empresa relatou economia de Capex em Miracema.

"É importante ressaltar que esses fatores não comprometem a conclusão prevista para os empreendimentos de Janaúba e Sant’Ana. No que tange à Mariana, o prazo específico da construção previsto no cronograma do contrato de concessão será respeitado", disse a empresa.

Além disso, a empresa revisou projeções de Receita Anual Permitida (RAP) dos empreendimentos em construção 100% controlados pela companhia.

Para 2020, o incremento da RAP, após entrada em operação dos empreendimentos, passa a ser de 78 milhões de reais; 186 milhões em 2021; 107 milhões de reais em 2022; e 372 milhões de reais em 2023.

As projeções de Capex nominal para 2021 e 2022 não foram alteradas.

LUCRO CAI

O lucro líquido totalizou 177,5 milhões de reais no quarto trimestre e 1 bilhão de reais em 2019, menores em 34,1% e 6,4%, respectivamente, quando comparados aos mesmos períodos de 2018.

A queda ocorre principalmente devido à reversão de 80,6 milhões de reais no último trimestre da receita de construção das melhorias, que ainda estão em fase de construção; redução da receita de correção monetária em função da queda nos índices macroeconômicos registrados entre os períodos comparados; além de aumento da despesa financeira líquida, resultado das captações em 2019 associado ao aumento do IPCA entre os períodos comparados.