Banco da Inglaterra não imprimirá dinheiro para financiar luta contra coronavírus, diz Bailey
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) não recorrerá à impressão irreversível de dinheiro para financiar um aumento nos gastos do governo, enquanto tenta proteger a economia britânica da crise dos coronavírus, disse seu presidente Andrew Bailey neste domingo (5).
O BoE no mês passado aumentou seu programa de compra de títulos em um recorde de 200 bilhões de libras (US$ 245,2 bilhões), semelhante aos movimentos do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, enquanto os bancos centrais de todo o mundo lutam para limitar uma recessão profunda.
No dia seguinte, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, anunciou que o Estado britânico pagaria 80% do salário dos trabalhadores temporariamente demitidos pelas empresas, na esperança de fazê-los voltar ao trabalho rapidamente quando a crise diminuir.
Essa etapa histórica fez parte de uma série de medidas emergenciais que custarão ao governo pelo menos 60 bilhões de libras, em um momento em que também sofrerão uma queda nas receitas tributárias.
Bailey, reconhecendo que o mundo enfrenta um "momento de grande incerteza", disse que se oporia a quaisquer pedidos para que o BoE imprima dinheiro simplesmente para ajudar o governo.
"O uso de financiamento monetário prejudicaria a credibilidade no controle da inflação, diminuindo a independência operacional", disse Bailey em um artigo publicado pelo Financial Times.
"Isso também resultaria em um balanço insustentável do banco central e é incompatível com a busca de uma meta de inflação por um banco central independente".
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