Com Codiv-19, queda na demanda por transporte no país acentua-se, diz NTC&Logística
SÃO PAULO (Reuters) - A queda na demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil se acentuou mais na última semana, com redução de 43,9% na comparação com o movimento médio visto antes das medidas contra o coronavírus, segundo pesquisa da associação de empresas NTC&Logística, divulgada nesta terça-feira.
Levantamento divulgado na semana passada havia indicado queda de 38,7% na demanda por transporte rodoviário.
A pesquisa da NTC indicou queda de 46,28% na demanda por transporte de cargas fracionadas, que atendem distribuidores, lojas de rua e shoppings, versus redução de 40,16% na semana anterior.
Apontou ainda baixa de 41,8% em cargas lotação (caminhão fechado com um só produto), com impacto de menor demanda do comércio, indústrias, entre outros setores, versus recuo de 39,2% registrados no levantamento da semana anterior.
Para o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, "essa é uma situação que preocupa, principalmente porque a cada semana estamos vendo esse número aumentar e sabemos o quanto, de fato, vem causando prejuízos ao setor".
Em nota, ele disse que o setor torce "para que a retomada aconteça, mesmo que aos poucos, dando atenção às devidas precauções de higiene para manter a saúde de todos os envolvidos".
Ainda de acordo com a sondagem, a demanda por transporte do segmento do agronegócio teve queda de 23,5%, ante baixa de 14,2% na semana anterior.
A redução na demanda por transporte do agronegócio só não é mais acentuada porque o setor está levando uma grande safra de soja até os portos exportadores, com a colheita na reta final.
O levantamento da NTC indica ainda recuo de 46% na demanda por transporte de produtos vendidos por lojistas, praticamente estável ante a semana anterior; e redução de 29,5% da demanda por mercadorias transportadas para supermercados, ante 24,55% no período anterior.
O setor que mais sofre é o dedicado ao transporte para a indústria automobilística, que registra férias coletivas nas fábricas, com recuo de 64% na demanda cargas.
(Por Roberto Samora)
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